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Ministro de Lula nega possibilidade de ele se desculpar por fala sobre Israel e Hitler: “O posicionamento está claro”

Sobre o resultado das eleições, Padilha disse que o PT "não saiu do z4", em referência aos quatro últimos colocados de um campeonato de futebol. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou a possibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vir a público se desculpar pela fala sobre Israel. Questionado duas vezes sobre a necessidade de uma retratação pela declaração recente, Padilha afirmou que o chefe do Executivo deixou claro seu posicionamento em relação à defesa da existência do Estado de Israel.

A declaração de Padilha ocorreu em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira. O ministro foi questionado se Lula viria a público após ter comparado a situação em Gaza, que classificou como “genocídio”, com o extermínio de judeus pelo governo nazista de Adolf Hitler na Alemanha, em entrevista coletiva na Etiópia no domingo.

“O presidente em sua própria fala deixa claro o posicionamento em relação a Netanyahu e a sua postura (de Lula) histórica enquanto presidente da República nesse momento de defesa da existência do Estado de Israel e a relação que ele sempre teve com a comunidade judaica no Brasil”, disse o ministro.

“O chanceler brasileiro já esclareceu isso, o assessor de Relações Internacionais, a primeira-dama fez questão de fazer uma postagem correta. Vamos analisar o sentimento que moveu o presidente naquele momento”, completou.

Padilha também destacou o posicionamento dos Estados Unidos diante do conflito. Pela primeira vez, o país vai propor um texto para uma resolução do Conselho de Segurança da ONU com um pedido de um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, segundo agências de notícias internacionais.

Impacto no Congresso

Questionado se o fato de parlamentares da base terem aderido ao requerimento que pede o impeachment de Lula, Padilha afirmou não acreditar que o processo irá para frente ou encarecer a relação do governo com o Congresso.

“Nem o próprio Aldo (apresentador do Roda Viva que introduziu o tema) acredita que esse pedido de impeachment vai prosseguir de tão desqualificado que ele é. Assim como outros que já aconteceram não progrediram. E eu tenho certeza absoluta que vamos repetir nesse ano de 2024 o bom sucesso entre o governo e o Congresso que tivemos em 2023.”

São 91 os deputados federais que assinaram até a tarde desta segunda-feira o requerimento. Entre os signatários deste pedido, todavia, há 20 integrantes de siglas que compõem atualmente o primeiro escalão do governo: União Brasil (10), PP (5), PSD (2) e Republicanos (3) que, juntos, lideram oito ministérios. Apesar de serem de siglas da base do governo, este grupo de deputados se identifica com a oposição e raramente vota com o Planalto.

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