Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de fevereiro de 2024
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, pisou na Sapucaí na noite da segunda-feira (12). Ele participou do desfile da Portela, no Rio de Janeiro, e representou Luiz Gama, advogado e patrono da abolição da escravidão no Brasil.
Em suas redes sociais, Almeida disse que seu avô, conhecido como “Lorito”, foi um dos fundadores da Vai-Vai. Ele afirmou que a escola faz parte da história de sua família e a classificou como “uma das mais vigorosas manifestações da cultura negra da cidade de São Paulo”.
Pouco antes de pisar na Avenida, parafraseando o escritor e professor Luiz Antônio Simas, o ministro escreveu: “o Carnaval me ‘inventou’ e o Brasil, e o que ele tem de bom, de resistente, de criativo me permitiu chegar aqui e servir ao meu país. Vovô, estarei hoje na Sapucaí com o senhor no meu coração”.
O desfile da Portela retratou o romance “Um Defeito de Cor”, da escritora Ana Maria Gonçalves. O enredo refaz os caminhos imaginados da história de Luiza Mahim – mulher preta e mãe de Luiz Gama (retratado por Almeida).
A escola diz ter escolhido o tema devido à “necessidade de celebrar e cultuar na arte, na cultura, a trajetória de uma negra matriarca que se confunde a tantas outras até os dias de hoje”.
“Precisamos não apenas nos espelhar na história, mas principalmente valorizar as descendentes desses movimentos de coragem por amor à continuidade. Através de seu filho, Luiz Gama, sonhamos com uma carta onde o importante abolicionista responde a sua mãe sobre o legado da memória que ela deixou: o livro”, indica o enredo.