Quarta-feira, 09 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de março de 2025
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, aceitar uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Leo Indio, por participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Com isso, ele se tornará réu. Leo Indio é primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O julgamento está ocorreu no plenário virtual na sexta-feira. A posição do relator, ministro Alexandre de Moraes, foi seguida por Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Luiz Fux.
“O denunciado, conforme narrado na denúncia, não só participou das manifestações antidemocráticas como também instigou e colaborou ativamente para os atos de depredação ocorridos no dia 08/01/23 contra as sedes dos Três Poderes”, escreveu Moraes em seu voto.
A PGR acusou Leo Indio de cinco crimes: golpe de estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Em resposta à denúncia apresentada no processo, a defesa de Leo Indio afirmou que ele “não participou de qualquer ato de invasão ou depredação de patrimônio público, estando presente apenas em uma manifestação pacífica, a qual evoluiu para um tumulto inesperado”.
Na denúncia, a PGR afirma que Leo Indio “registrou e divulgou na internet imagens em frente ao Congresso Nacional, no momento em que participava dos atos de invasão e depredação às sedes dos Três Poderes”.
Além disso, afirma que ele “também esteve envolvido em outras atividades de cunho antidemocrático, dentre elas as manifestações ocorridas em acampamentos erguidos após as eleições presidenciais de 2022, em frente a unidades militares”.
Leo Indio é sobrinho de Rogéria Nantes, ex-esposa de Bolsonaro e mãe dos três filhos mais velhos do ex-presidente: Flávio, Carlos e Eduardo.
Defesa
Em defesa prévia apresentada ao Supremo, advogados de Léo Índio afirmaram que: