Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 21 de fevereiro de 2023
Os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 discutirão problemas de dívida em economias em desenvolvimento, criptomoedas e pressões inflacionárias globais em cúpula realizada nesta semana, disseram autoridades do governo da Índia nesta terça-feira (21).
A reunião, marcada para os dias 22 a 25 de fevereiro no retiro de verão de Nandi Hills, perto de Bengaluru, na Índia, será o primeiro grande evento da presidência indiana do G20. Também ficará marcada pelo aniversário de um ano da invasão da Ucrânia pela Rússia e, por isso, a guerra provavelmente estará no topo da agenda.
Desbloquear a reestruturação da dívida para economias em dificuldades e aumentar a ajuda para a Ucrânia são temas que devem ter destaque na cúpula. Além disso, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, também deve pressionar a China a “realizar rapidamente” o alívio da dívida para países de baixa e média renda.
A presidência do G20 nas mãos da Índia ocorre em um momento em que seus vizinhos do sul da Ásia, Sri Lanka, Bangladesh e Paquistão, buscam um resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI) devido à desaceleração econômica causada pela pandemia da Covid-19 e pela Guerra da Ucrânia.
A Reuters informou na semana passada que a Índia está esboçando uma proposta para os países do G20 para ajudar as nações devedoras, pedindo aos credores, incluindo a China, o maior credor soberano do mundo, que reduzam os empréstimos.
Fernando Haddad
O foco do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas reuniões do G20 estará voltado a reposicionar a atuação do Brasil em fóruns de cooperação internacional, e com um interesse específico em questões climáticas, segundo a assessoria do Ministério da Fazenda.
A equipe de Haddad terá como prioridade nos encontros de ministros econômicos e presidentes de bancos centrais das maiores economias do mundo, que acontecerão em Bengaluru, discutir impactos das mudanças climáticas, da devastação ambiental e da pandemia de Covid-19 na desaceleração econômica global.
O ministério também destacou que as reuniões devem preparar o governo para sediar grandes cúpulas à frente – o Brasil presidirá o G20 em 2024 e o Brics em 2025. As informações são da agência de notícias Reuters.