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Ministros de Lula dão “calote” no PT e partido muda regras para incentivar “dízimos”

Enquanto estiveram fora da gestão federal, petistas atuavam em 0,9% desses postos. (Foto: Lula Marques/Agência PT)

Filiados do Partido dos Trabalhadores (PT) têm dado “calote” e deixado de pagar a contribuição mensal exigida pela sigla de quem ocupa cargo público. A lista de inadimplentes inclui ministros do governo Lula, cujos salários chegam a R$ 41 mil – sem contar benefícios e outras remunerações que alguns deles recebem, por exemplo, como conselheiros de estatais, o que pode elevar o valor para até R$ 75.600 por mês, como mostrou o Estadão.

De janeiro a agosto deste ano, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Camilo Santana (Educação) não fizeram nenhuma doação ao partido, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Procurados, eles se recusaram a apresentar suas versões.

Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Luiz Marinho (Trabalho) também não. Nesses casos, porém, a contribuição foi suspensa pois o partido está recalculando o valor que devem pagar. Haddad alega que deve pagar uma contribuição menor.

Militante histórica do PT, a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, também não realizou nenhuma contribuição ao partido em 2023. Ela, porém, não está obrigada a realizar o dízimo, uma vez que não ocupa cargo eletivo ou comissionado. Janja é filiada ao partido desde os 17 anos e se declara “petista de carteirinha”.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou que o calote fez com que o diretório nacional do PT mudasse as regras internas do partido numa tentativa de incentivar as contribuições, também conhecidas como “dízimo”.

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