Sexta-feira, 11 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de maio de 2016
Ministros do governo de Michel Temer querem propor a legalização dos jogos de azar como medida para aumentar as receitas da União. A ideia é defendida por ao menos dois auxiliares próximos ao presidente interino: os peemedebistas Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).
Segundo Alves, a proposta de legalização deve incluir bingos, cassinos e o jogo do bicho. “A ideia é legalizar todo tipo de jogo. Hoje o jogo existe de forma clandestina e sem gerar qualquer benefício para o Estado”, afirma.
Ele afirma que Temer é “simpático” à ideia, mas ainda não tratou dela desde que assumiu como presidente interino, na semana passada. O ministro sustenta que a liberação do jogo seria um estímulo ao turismo e à retomada da atividade econômica. Os argumentos são contestados pelo Ministério Público Federal, que se opõe à ideia e vê risco de incentivo à lavagem de dinheiro e à corrupção.
Geddel, que será responsável pelas relações do Planalto com o Congresso, diz ser favorável à legalização. “Pessoalmente, não vejo por que não tocar adiante. Acho importante para o turismo e para a geração de receita.” O ministro ressalta que esta ainda não é uma “posição de governo” e será discutida pelo Palácio do Planalto.
Congressistas que defendem a legalização do jogo dizem ver Temer como um aliado da causa. O deputado Herculano Passos (PSD-SP) conta ter discutido o assunto com o presidente interino há cerca de um mês, na reta final do processo de impeachment.
Ele diz que o diálogo o deixou otimista e que o afastamento da presidenta Dilma Rousseff deve acelerar a liberação de bingos e cassinos. “O presidente Temer é simpático à causa. Tivemos uma conversa há cerca de 30 dias e ele viu a ideia com bons olhos. Estou otimista, acho que o momento é muito propício à legalização”, afirma. (Folhapress)