Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 15 de janeiro de 2016
Preocupados com a imagem da presidenta Dilma Rousseff e buscando agradar a centrais sindicais e movimentos sociais, ministros petistas próximos ao Planalto vão pressionar a equipe de Nelson Barbosa (Fazenda) a evitar medidas impopulares. Entre elas estão a decisão de não corrigir a tabela do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) e a de aumentar as prestações do programa Minha Casa, Minha Vida.
Diante do deficit nas contas públicas, não há previsão de reajuste da tabela do Imposto de Renda no Orçamento de 2016. É a primeira vez que isso acontece sob a gestão de Dilma. Assessores presidenciais defendem que a presidenta adote medidas para beneficiar sua base política, para tentar afastar de vez a ameaça de um impeachment.
Segundo eles, deixar de corrigir a tabela do IRPF, depois de a inflação ter sido 10,67% no ano passado, é na prática uma redução de renda. Já a equipe da Receita é contra a correção da tabela do IRPF sob o argumento de que ela estimula mecanismos de indexação da economia, alimentando a cultura inflacionária no País, que acaba prejudicando os mais pobres. Em 2015, Dilma quis manter a correção da tabela do IRPF em 4,5%, mas foi obrigada a ceder diante das pressões das centrais sindicais. A correção variou de 4,5% a 6,5% e, na média foi de 5,6%. Segundo técnicos da Fazenda, para outra correção da tabela, será preciso elevar algum outro tributo.