Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de janeiro de 2025
A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer uma reforma ministerial ainda neste mês de janeiro acendeu o sinal amarelo entre os ministros petistas da Esplanada. Como as mudanças serão “pontuais” e “localizadas”, a avaliação é que devem ser substituídos prioritariamente aqueles auxiliares que são quadros do PT ou da cota pessoal do presidente da República.
Na prática, dizem as fontes, Lula está mais inclinado a concentrar a “minirreforma” em pastas que estão atualmente sob o controle do seu próprio partido, mas não renderam o esperado pelo chefe do Executivo nestes primeiros dois anos de mandato – a exemplo do que ocorreu com o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT-RS), demitido na semana passada para dar lugar ao publicitário Sidônio Palmeira.
Neste sentido, um dos nomes ventilados para entrar na mira do presidente é o do titular da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, responsável por fazer a interlocução entre o governo petista e os movimentos sociais.
O nome dele voltou a ser citado nos últimos dias diante da publicação do seu período de férias no “Diário Oficial da União (DOU)”. O chefe da Secretaria-Geral estará de licença do cargo até o dia 24 deste mês, ou seja, no mesmo período em que Lula pode anunciar a reforma em questão e quando acontecerá a primeira reunião ministerial do ano, prevista para acontecer entre os dias 20 ou 21 de janeiro.
Apesar desse sinal, interlocutores de Macêdo garantem que Lula já o convidou formalmente para estar na reunião ministerial ampliada deste mês. Por isso, a previsão é que titular da Secretaria-Geral faça uma breve interrupção nas férias para voltar a Brasília e participar do encontro no Palácio do Planalto. Além disso, o entorno de Macêdo rebate que ele esteja cotado para sair do governo.
Como argumento, esses interlocutores dizem que Lula teria sinalizado, em uma reunião na semana passada, que está contando com o ministro para dar continuidade às suas tarefas em 2025. Outro nome que poderia sair é o do ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha (PT-SP). Isso porque o cargo dele é um dos mais cobiçados pelo Centrão. Se isso acontecer, Padilha poderia migrar para o Ministério da Saúde, pasta que hoje está sob o comando de Nísia Trindade.
Questionados sobre isso, interlocutores de Padilha admitem que ele aceitaria essa “missão”, caso recebesse tal pedido do presidente da República, ainda que o ministro já tenha ocupado essa mesma cadeira no passado. Por outro lado, as mesmas fontes dizem que, até agora, Lula não fez qualquer sondagem nesse sentido.
Como parte desse xadrez, também é citado como possível alvo de uma reforma ministerial o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias (PT-PI). Ele poderia dar lugar, dizem as fontes, para a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), cujo nome está cotado tanto para a cadeira no MDS quanto para a Secretaria-Geral.