O modelo de distanciamento controlado que está em vigor há quase um ano no Rio Grande do Sul seguirá existindo até o dia 10 de maio, informou nesta terça-feira (27) o governador Eduardo Leite. Segundo ele, o Palácio Piratini vai estudar e definir um novo modelo de gestão da crise sanitária causada pela pandemia de coronavírus.
“Esse modelo vai seguir existindo até o dia 10 de maio, quando vamos completar um ano da sua implementação no Rio Grande do Sul. Depois de ter cumprido seu papel, ter dado colaboração para análise de riscos e estabelecer protocolos de forma pioneira no Brasil, vamos substituir esse modelo por outro, mais aprimorado e adequado a essa nova fase que estamos vivendo na pandemia, mas sempre colocando a proteção da nossa população, a sua vida e a sua saúde como prioridade e buscando conciliar essa proteção como a manutenção das atividades econômicas, que são essenciais para que as pessoas possam cuidar das suas famílias”, afirmou o governador.
“O modelo foi pioneiro, construído com muito esforço e análises técnicas e científicas, mas nunca o vendemos como um modelo perfeito. Até porque, mesmo com um ano de pandemia, o mundo todo ainda está aprendendo sobre o coronavírus e seus efeitos. A recente onda que enfrentamos foi muito diferente daquela que tivemos em 2020. Por isso, se fizeram necessários ajustes, como o da salvaguarda, ao longo do tempo. Assim como são necessários ajustes neste momento, na medida em que observamos que o número de novos casos e internações se estabilizou, apontando para um momento mais confortável”, disse Leite.
Criado há um ano e lançado no dia 10 de maio de 2020, o Distanciamento Controlado foi baseado em 11 indicadores da velocidade de contágio do coronavírus e da ocupação de leitos de UTI, classificando o risco para cada região do Estado, representado nas cores de quatro bandeiras, e com protocolos para cada nível – quanto maior o risco, mais escura a bandeira, da amarela a preta.
Bandeira vermelha
Leite anunciou que todo o Estado estará em bandeira vermelha a partir da 0h desta quarta-feira (28). A medida tem o objetivo de viabilizar o retorno das aulas presenciais no Estado. Para evitar que os municípios adotem protocolos compatíveis à bandeira laranja, o sistema de cogestão será suspenso.
O Tribunal de Justiça do Estado negou, na noite de segunda-feira (26), os pedidos da Procuradoria-Geral do Estado e do Ministério Público para a retomada das atividades presenciais na educação infantil e nos anos iniciais do ensino médio no RS durante a vigência da bandeira preta.