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Modernização trabalhista assegurou a geração de empregos

O setor da indústria é responsável por 37% das vagas permanentes, seguido pelo comércio, com 28%. (Foto: Agência Brasília)

A taxa de desocupação no Brasil atingiu 8,0% no trimestre encerrado em junho, o menor resultado para o período desde 2014. Os dados são Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) continua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quando eu falava sobre o tripé da modernização trabalhista: Proteção de Direitos, Segurança Jurídica e Geração de Empregos, eu tinha certeza daquilo que estava falando. A nova lei trabalhista, que entrou em vigor no dia 11 de novembro de 2017, tornou mais amplas, seguras e inclusivas as relações de trabalho no Brasil.

Ela foi o instrumento para que ingressemos em uma era na qual o diálogo e o convívio entre quem contrata e quem é contratado tenha a qualidade de que o país precisa e resulte na evolução do processo de harmonização e interação de suas forças produtivas.

Essa qualidade passa pelo compromisso em honrar acordos. Disso depende a construção do país mais justo que todos queremos, no qual o respeito a uma negociação realizada entre cidadãos livres e cientes de seu papel na sociedade não dependa da intervenção do Estado.

No processo de elaboração da proposta de modernização trabalhista dialoguei com trabalhadores-contratados e trabalhadores-contratantes de todo o Brasil. Conversei com líderes dos mais diversos matizes ideológicos e comprovei que aquilo que os afasta uns dos outros é, na grande maioria dos casos, um equívoco de pensamento do qual o país vem sendo vítima ao longo do tempo, fruto de uma mentalidade de antagonismo que não faz mais sentido, se é que um dia já fez.

O que importa, hoje mais que nunca, é assegurar às pessoas a dignidade de possuírem dois endereços: o da moradia e o do trabalho. O trabalhador-empregado e o trabalhador-empregador dependem um do outro para sobreviver. Todos são trabalhadores, e a nenhum deles deveria interessar ver o Brasil dividido.

Temos que fazer os enfrentamentos certos. Nosso enfrentamento deve ser para gerar oportunidades para todos, sobretudo para aqueles que não têm voz nem vez. Nosso enfrentamento tem que ser aquele destinado a dar às pessoas um endereço ao qual se dirigir para trabalhar.

Ronaldo Nogueira de Oliveira
Ex Ministro do Trabalho que realizou a modernização trabalhista.

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