Terça-feira, 11 de março de 2025
Por Redação O Sul | 4 de março de 2022
A Moldávia e a Geórgia oficializaram, na quinta-feira (3) as suas candidaturas à UE (União Europeia). Decisão acontece uma semana após o início da invasão russa. “Hoje assinamos o pedido de adesão à UE”, disse a presidente da Moldávia, Maia Sandu à imprensa. “Algumas decisões precisam ser tomadas de forma rápida e decisiva”, acrescentou.
A Moldávia, uma ex-república soviética, assinou um acordo de associação com Bruxelas em 2014, mas que não oferece garantia de maior integração.
O ministro das Relações Exteriores, Nicu Popescu, declarou que foi “um dia que as gerações futuras lembrarão com orgulho, é o momento em que nosso país se ancorou irreversivelmente no espaço europeu”.
A decisão da Moldávia ocorre no mesmo dia em que a ex-república soviética da Geórgia também solicitou formalmente a adesão ao bloco.
“Entregamos nossa candidatura para aderirmos à UE”, disse o primeiro-ministro, Irakli Garibashvili em um comunicado, após assinar a carta de ingresso.
“A Geórgia é um Estado europeu e continua dando uma contribuição valiosa para sua proteção e para seu desenvolvimento”, acrescentou.
O ingresso na UE representa um “objetivo estratégico” da Geórgia, segundo Gaibashvili.
No entanto, mesmo que os países ganhem o estatuto de candidatos, o processo de adesão será longo e envolverá reformas políticas e econômicas em grande escala. Requer também o apoio unânime dos 27 países membros.
A Moldávia, um país de cerca de 2,6 milhões de habitantes, é um dos mais pobres da Europa e sofre com a emigração em massa devido aos altos índices de desemprego.
No início da semana, o Parlamento Europeu expressou seu apoio à entrada da Ucrânia na UE.
A Ucrânia havia pedido à UE (União Europeia) para ser “imediatamente” admitida como membro do bloco. O pedido foi feito pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na segunda-feira (28), após uma delegação ucraniana chegar à fronteira com Belarus para abrir um diálogo com representantes russos.
“Nos dirigimos à União Europeia para que ela admita imediatamente a Ucrânia, com base no novo procedimento especial. Estamos gratos aos aliados que estão do nosso lado. Mas o nosso objetivo é estar com todos os europeus e, acima de tudo, sermos iguais”, disse Zelensky.
No domingo passado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou em entrevista à TV EuroNews que a Ucrânia é “um de nós e queremos eles conosco” na UE, mas não definiu um horizonte concreto para ingresso do país no bloco.
“Nós temos um processo com a Ucrânia que é, por exemplo, a integração do mercado ucraniano ao mercado único” e “uma cooperação muito estreita na rede de energia, por exemplo. Portanto, há muitas questões sobre as quais trabalhamos muito próximos juntos”, disse ela sem dar mais detalhes. As informações são da agência de notícias AFP.