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Moleza: Câmara trabalha só 9 dias em dezembro

Parlamentares brasileiros têm ritmo próprio de “trabalho”, mas neste dezembro o ócio na Câmara dos Deputados alcançou a outro patamar. Serão apenas 9 dias trabalhados oficialmente, incluindo esta segunda-feira (2), quando menos de 10% dos deputados compareceram. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, convocou sessão para esta e a próxima segunda (9), terças (3 e 10) e quartas (4 e 11). Haverá ainda três dias para a Comissão de Orçamento. Depois, somente em 2020.

Trabalho não falta
O problema é que, para além do orçamento, estão pendentes de votação na Câmara e no Senado inúmeras MPs e projetos importantes.

Senado idem
O ritmo dos senadores é o mesmo. Em vez de trabalhar, o presidente Alcolumbre preferiu visitar a terra da Disney com dois colegas.

Moleza oficial
Judiciário e carreiras jurídicas têm 60 dias de “recesso”. Incluindo feriados e a reunião dos Brics, serão 83 dias de folga oficial em 2019.

Terror e pânico
A PEC da Reforma Administrativa não anda porque Judiciário e carreiras jurídicas não abrem mão da regalia de dois meses de férias.

Investigados querem disputar eleição no TJ-Bahia
Afastados do Tribunal de Justiça da Bahia no escândalo de venda de sentenças, investigado na Operação Faroeste, os desembargadores Maria da Graça Pimentel Leal e José Olegário Monção Caldas manobram para adiar a eleição desta quarta (4) para substituir o atual presidente, também afastado. Ambos são candidatos. Os envolvidos na maracutaia, incluindo a ex-presidente do TJ-BA Maria do Socorro Santiago, agora presa, acham que tudo vai dar acabar em acarajé.

Pense num absurdo
Frase célebre do ex-governador Otavio Mangabeiras definiria bem a candidatura da dupla: “Pense num absurdo, na Bahia há precedente”.

Norma do CNJ
Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determina que a eleição ocorra em até 60 dias antes da posse dos novos dirigentes.

Data é regimental
O fim dos 60 dias coincide com 4 de fevereiro de 2020, primeiro dia útil do mês, data regimental de posse da nova diretoria.

Direito de defesa
Futuro embaixador em Lisboa, Carlos Alberto Simas Magalhães deve designar um diplomata para estabelecer relações mínimas com a imprensa portuguesa, que publica mentiras sobre o Brasil com espantosa regularidade. Ao menos para tentar o direto de defesa.

Ameaça não mete medo
Se era sincera a ameaça, ninguém deu à mínima. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, prometeu cortar salário de deputado faltoso. Às 15h47 de ontem eram presentes só 41; às 18h12, míseros 49. Fiasco.

Assalto oficial
Só falta de vergonha explica cobrança de pedágio na estrada de chão, esburacada, com 50km de extensão em Carolina, no Maranhão “governado” pelo PCdoB. Caminhoneiro é assaltado em até 140 reais.

Lobby in natura
Representantes de empresas de energia foram convidados a falar nesta terça (3) à Comissão do novo Código de Energia Elétrica. Palco armado só para quatro presidentes de associações de empresas.

Gervásio vive
O Conselho da Justiça Federal homenageará nesta quinta (5) o grande repórter fotográfico Gervásio Raimundo, recém-falecido, por meio dos colegas Orlando Brito e Hermínio Oliveira.

Segurança no Uber
Audiência pública para discutir a segurança de motoristas de aplicativo será realizada nesta terça (3) na Câmara, por iniciativa do deputado Luiz Miranda (DEM-DF). Uber e 99Pop estarão representados.

Decisão ridícula
A Eletrobras foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar R$40 mil a sindicalistas do Rio por “danos morais coletivos”. Tudo porque o ex-presidente da estatal afirmou certa vez que a sociedade não pode pagar por “vagabundos” que não trabalham. E agora vai indenizá-los.

Efeito Libertadores
Cresceu 25% o movimento da rede de salas vip do aeroporto do Galeão, na semana da final da Libertadores em Lima, no Peru, segundo informou a Plaza Premium Lounge, que oferece o serviço.

Pensando bem…
… ainda não deu as caras aquele rico escritório de advocacia de Minas para defender o sujeito que planejava atacar Bolsonaro, sexta (29), na sua chegada a Três Corações.

PODER SEM PUDOR

Promessa de político
Jefferson Brant saiu de Uberlância (MG) e, em Brasília, pediu um emprego ao primo Rondon Pacheco, líder do general Emílio Médici na Câmara. “Claro! É só esperar. Você será agente administrativo da Câmara”, prometeu o parente ilustre. O tempo foi passando, e nada. O primo só dizia: “vai sair”. E advertia: “não fale para ninguém, guarde segredo”. Certo dia um jornal informou que 20 mil candidatos disputavam as vagas para agente administrativo na Câmara. Jéferson jamais esquecerá a desculpa esfarrapada do primo: “Eu não disse para não falar a ninguém? Vazou.”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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