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Política Em um momento delicado, Alto Comando do Exército decidirá promoções dos generais

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Cerca de 30 militares do Exército serão promovidos. Para o posto máximo, o de general de quatro estrelas, duas vagas estão sendo disputadas

Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
Cerca de 30 militares do Exército serão promovidos. Para o posto máximo, o de general de quatro estrelas, duas vagas estão sendo disputadas. (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação)

Lula demitiu o comandante do Exército no último sábado (21) e a determinação agora é trabalhar para que a relação do Palácio do Planalto com as Forças Armadas entre nos eixos. Mas o mês de fevereiro reserva um evento do calendário militar que é importante para a consolidação deste novo momento.

No mês que vem, o Alto Comando do Exército se reúne para decidir as promoções do generalato: os coronéis que serão promovidos a generais de brigada; os de brigada que ascenderão ao posto de generais de divisão; e estes que subirão ao posto máximo, general de Exército, ostentando as quatro estrelas no uniforme militar. Cerca de 30 militares do Exército serão promovidos. Para o posto máximo, o de general de quatro estrelas, duas vagas estão sendo disputadas.

Oficiais preteridos?

A grande interrogação é o que acontecerá com os oficiais mais bolsonaristas. Serão preteridos? Ou serão promovidos normalmente? A decisão será dos 16 generais de quatro estrelas do Alto Comando, já sob a batuta do general Ribeiro Paiva.

Também em fevereiro a Aeronáutica e a Marinha fecham suas listas de promoções. Nestas forças a mesma questão em tese está em jogo — no Exército, no entanto, por causa da troca de comandante ocorrida anteontem, há uma sensibilidade maior nas decisões que serão tomadas.

Em março, haverá um segundo evento importante, mas a mudança no comando do Exército facilitou a solução: trata-se de como as Forças Armadas vão “comemorar” o golpe de 64. Nos últimos quatro anos, no dia 31 de março, o ministro da Defesa expedia uma ordem do dia em louvor ao golpe de 64, que era lido nos quartéis. Não se imagina que num governo Lula algo parecido possa acontecer.

Talvez com o comandante demitido no sábado, o general Arruda, ainda houvesse uma pressão sobre José Múcio Monteiro para o lançamento de alguma ordem do dia. Agora, a chance de que isso ocorra é zero.

Em 2022, por exemplo, Braga Netto escreveu que: “Nos anos seguintes ao dia 31 de março de 1964, a sociedade brasileira conduziu um período de estabilização, de segurança, de crescimento econômico e de amadurecimento político, que resultou no restabelecimento da paz no País, no fortalecimento da democracia, na ascensão do Brasil no concerto das nações (…)”.

Novo comandante

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (23) que “não foi possível dar certo” a relação com o ex-comandante do Exército general Júlio César de Arruda, demitido do cargo no sábado (21), menos de um mês depois de ter assumido. Em seu lugar entrou o também general Tomás Ribeiro Miguel Paiva

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