Ícone do site Jornal O Sul

Moradores de Porto Alegre e outras cidades gaúchas poderão acompanhar um eclipse parcial do Sol, no final da tarde desta terça-feira

No Rio Grande do Sul, o fenômeno terá o seu auge às 17h50min, com cerca de 60% do disco solar coberto pela Lua. (Foto: Reprodução)

Na tarde desta terça-feira (2), técnicos da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) estarão nas imediações da Usina do Gasômetro, no Centro Histórico de Porto Alegre, com orientações e equipamentos adequados para quem quiser acompanhar o eclipse parcial do Sol. O acontecimento astronômico está previsto para o período entre 16h30min e 18h.

Esse fenômeno visual, que ocorre cerca de duas ou três vezes por ano em diferentes partes do globo terrestre, consiste no escurecimento da imagem que a Terra recebe do astro-rei, devido à sobreposição pela Lua Nova, cuja órbita fica entre o planeta e a estrela. O auge deve ocorrer por volta das 17h50min.

Diferentes áreas do Rio Grande do Sul poderão proporcionar maior ou menor grau de cobertura do disco solar. Em Porto Alegre, esse índice deve ficar em torno de 60%, ou seja, mais da metade do astro-rei estará encoberta pelo satélite natural da Terra. Embora não seja algo muito raro, não é todo dia que se pode ver ao vivo um eclipse do Sol.

Especialistas alertam, porém, que não se deve olhar diretamente para o disco solar sem dispositivos adequados, caso contrário há sérios riscos de danos à visão. Óculos escuros, radiografias, filmes fotográficos e binóculos ou lunetas, por exemplo, não podem ser utilizadas, por serem insuficientes para proteger os olhos da radiação solar.

Eclipse total no Chile

Os moradores do Norte do Chile estão animadíssimos: além do privilégio geográfico de poder acompanhar um eclipse solar total nessa terça-feira, o turismo local foi incrementado pela chegada maciça de dezenas de milhares de turistas de todo o mundo.

A expectativa é de que, durante 2 minutos e 36 segundos, uma área de quase 150 quilômetros será tomada pela escuridão, abrangendo as regiões de Coquimbo e Atacama, onde se localiza o famoso deserto que leva esse nome. O mesmo deve ocorrer em algumas áreas do interior da Argentina.

Na praça de La Higuera, ponto do país andino onde será possível observar o fenômeno melhor e por mais tempo, um palco foi montado e professores distribuíram lentes especiais para que os estudantes possam ver o acontecimento astronômico sem que essa seja a última coisa testemunhada por seus olhos.

Transmissão na internet

O eclipse solar também poderá ser conferido pela internet. Em parceria com um museu de ciências da cidade de San Francisco, no Estado da Califórnia, a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), exibirá ao vivo o fenômeno, em sua versão total na América do Sul. Basta acessar www.nasa.gov.

Serão três transmissões no site, em tempo real: imagens sem áudio de telescópios localizados em Vicuna (Chile) das 16h às 19h (horário de Brasília) e dois programas com comentários ao vivo, um em espanhol e outro em inglês, entre 17h e 18h.

De acordo com a agência, estudar o Sol durante os eclipses solares totais ajuda os cientistas a entender a fonte e o comportamento da radiação solar que impulsiona o clima espacial perto da Terra, o que pode afetar a saúde dos astronautas no espaço e a durabilidade dos materiais usados ​​para construir espaçonaves.

(Marcello Campos)

Sair da versão mobile