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Moro achava fraca delação de Palocci que foi divulgada às vésperas de eleição, de acordo com o Intercept

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

De acordo com novas mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil, o ministro Sérgio Moro tinha dúvidas sobre as provas apresentadas por Palocci, mas achava sua colaboração relevante mesmo assim, por representar uma quebra dos vínculos que uniam os petistas desde o início das investigações. “Russo (Moro) comentou que embora seja difícil provar, ele (Palocci) é o único que quebrou a ‘omerta’ petista”, teria escrito o procurador Paulo Roberto Galvão a seus colegas em um grupo de mensagens do aplicativo Telegram, em 25 de setembro, associando os petistas à Omertà, o código de honra da máfia italiana.

“Não só é difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele”, teria escrito. “O melhor é que (Palocci) fala até daquilo que ele acha que pode ser que talvez seja”, diz mensagem atribuída ao procurador Antônio Carlos Welter. No material divulgado, Palocci afirma que as campanhas da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2010 e 2014, receberam dinheiro de caixa 2 e que, somadas, haviam custado R$ 1,4 bilhão — o triplo do declarado. Ainda segundo o ex-ministro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Siva teria autorizado o loteamento da Petrobras por partidos políticos e que ele sabia do recolhimento de propina das empreiteiras que tinha negócios com a estatal.

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