O juiz federal Sérgio Moro deu uma prova à sua equipe de que não está apegado ao processo e a holofotes. Técnico da seleção de investigadores da Lava-Jato, dá de ombros para os ataques de juristas e investidas que tentam expulsá-lo da operação. Afirma a advogados e procuradores do seleto círculo que, com ou sem ele, a Lava-Jato vai até o fim. “A dedicação e o mérito são de todos”, repete Moro.
Dilma tem foro
O Conselho Nacional de Justiça vai julgar seis pedidos de advogados de partidos que o denunciam por falta disciplinar ao divulgar a conversa da presidente Dilma com Lula.
O Barão
Chamado antes de Príncipe pelos investigadores da Lava-Jato, Marcelo Odebrecht agora é citado como Barão. Era seu apelido na lista da propina aos políticos.
Calma, gente
Tem gente perdendo a noção de respeito. Movimentos pró-impeachment descobriram o endereço do filho do ministro Teori Zavascki em Porto Alegre e marcam protestos.
Patrulheiro cercado
A delação da ex-sócia da primeira-dama do Estado de Minas na agência Pepper, na Operação Acrônimo da Polícia Federal, não complica só a esposa do governador Fernando Pimentel (PT). Há um jornalista partidário crítico de “coxinhas”, patrulheiro das redes sociais, na mira dos agentes. Ele cuidava dos ataques na internet para o PT.
Portas abertas
As agendas e gabinetes de ministros do PT e do PMDB na Esplanada nunca foram tão livres para deputados da base e até da oposição. Os ministros chegam a telefonar para pedir a visita. Tudo por Dilma – e por eles.
Tom da canção…
O presidente da comissão especial do impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), entrou para o hall de persona non grata no Palácio do Planalto. “Demagogo. Caiu nas graças do [Eduardo] Cunha (PMDB-RJ) e da oposição”, dispara um ministro palaciano.
… Solos de guitarra
Rosso recebe “Via Sacra” de deputados e senadores no gabinete no Anexo 3. Quando não ali, reúne amigos da oposição ao governo em casa, e toca solos de guitarra.
A conta
Ciro Nogueira, presidente do PP, recebeu lista com as assinaturas de 22 deputados e quatro senadores que pressionam pelo rompimento com o governo. São maioria na legenda.
Que saudade
Expoente dos anos em que o grande escândalo no governo era a compra de uma tapioca de R$ 8 no cartão corporativo, o ex-ministro do Esporte e agora deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) distribui no Congresso adesivos com a frase “Não vai ter golpe”.
Tão perto
Movimentos pró-impeachment ampliaram o exército de militantes no Congresso Nacional, em especial no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Diariamente, recebem abraços e afagos de parlamentares oposicionistas e são achincalhados por governistas.
Que arrocho, tchê!
O governador gaúcho José Ivo Sartori (PMDB) voltou a justificar as medidas de arrocho durante encontro com parlamentares do Estado na Câmara dos Deputados: “Alguns falaram que era ‘chororô’, mas foi a melhor coisa que fizemos; com franqueza”.
Ponto Final
“Pois um homem que não gosta de política é obrigado a ser governado por quem gosta.” Do advogado Leandro Balcone, ativista pró-impeachment assassinado em seu escritório, no Centro de Guarulhos (SP).
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste