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A morte da cantora Gal Costa, uma das maiores vozes do Brasil, aos 77 anos

Cantora morreu em sua casa em São Paulo, aos 77 anos, em 9 de novembro de 2022. (Foto: Reprodução)

A cantora Gal Costa, um dos maiores nomes da música popular brasileira, morreu nessa quarta-feira (9), aos 77 anos. A causa do óbito não foi informada. Em cerimônia aberta ao público, o corpo da artista será velado na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta sexta (11), das 9h às 15h. Já o enterro será restrito a amigos próximos e familiares, entre eles o filho, Gabriel, de 17 anos.

Recentemente, Gal havia dado uma pausa nos shows, após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita. Quando teve que suspender as apresentações,  a cantora estava em turnê com o show “As várias pontas de uma estrela”, no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. “Açaí”, “Nada mais”, “Sorte” e “Lua de mel” são algumas das músicas do repertório.

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945, em Salvador (BA). Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou “Eu vim da Bahia”, samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.

Três anos depois, veio outro clássico: “Baby”, de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. “Divino Maravilhoso” (de Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista.

Ao longo dos anos 60 e 70, ela seguiu misturando estilos. Dedicou-se ao suingue de Jorge Bne Jor com “Que Pena (Ela já não gosta mais de mim)” e foi pelo rock com “Cinema Olympia”, mais uma de Caetano. “Meu nome é Gal”, de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação, unindo Jovem Guarda e Tropicália.

Ao gravar “Pérola negra”, em 1971, ajudou a revelar o então jovem compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou “Vapor barato”, mostrando a força dos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.

Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza (“Brasil”, 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas (“Um dia de domingo”, de 1985); e Marília Mendonça (“Cuidando de longe”, 2018).

Na longa carreira, Gal lançou mais de 40 álbuns entre discos de estúdio e ao vivo. “Fa-tal”, “Índia” e “Profana” foram três dos principais.

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