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Morre a cantora Roberta Flack, ícone do soul americano, aos 88 anos

Roberta Flack foi responsável por hits como "Killing me softly" e "Feel like making love". (Foto: Divulgação)

Morreu a cantora Roberta Flack, ícone do soul americano, aos 88 anos. Flack morreu em casa, cercada de sua família. A causa da morte não foi divulgada, mas ela vinha lutando contra um quadro de esclerose lateral amiotrófica (Ela), que a deixou impossibilitada de cantar.

Também conhecida como esclerose lateral amiotrófica (ELA), a doença de Lou Gehrig afeta o sistema nervoso que ataca as células nervosas (neurônios) no cérebro e na medula espinhal. O principal sintoma é a fraqueza muscular, acompanhada de endurecimento dos músculos (esclerose), inicialmente num dos lados do corpo (lateral) e atrofia muscular (amiotrófica), mas existem outros: cãimbras, tremor muscular, reflexos vivos, espasmos e perda da sensibilidade.

Em 2016, ela já havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). Em janeiro de 2022, também foi diagnosticada com covid-19.

Roberta Flack foi responsável por hits como “Killing me softly” e “Feel like making love” e emplacou vários músicas no topo das paradas, principalmente na década de 1970, produzindo 20 álbuns ao longo da carreira.

Nascida em Black Mountain, na Carolina do Norte, e criada em Arlington, Virginia, Roberta Flack começou a tocar piano aos 9 anos, depois que seu pai achou um usado num ferro-velho. Seus pais eram pianistas. Aos 15, ela ganhou uma bolsa de estudos para estudar educação musical na Universidade Howard , onde se formou em 1958.

Seu disco de estreia, “First take”, foi lançado em 1969 e tinha “The first time ever I saw your face”, de Ewan MacColl, entre suas faixas. A música foi usada por Clint Eastwood em seu filme “Play misty for me”, o que ajudou a dar projeção para a cantora naquele começo da década de 1970. Em 1972, ela chegou a ficar seis semanas no topo da Billboard Hot 100.

Ao longo da carreira, ela foi indicada 14 vezes ao Grammy, tendo vencido o prêmio em cinco oportunidades. Em 2020, ganhou uma estatueta pelo conjunto da obra. Seu último disco foi uma homenagem aos Beatles — “Let it be Roberta: Roberta Flack sings The Beatles”, lançado em 2012.

Nesta ocasião, ela disse que amava a música brasileira, em especial a do compositor Djavan.

— Se eu tivesse que comparar Djavan a alguém, diria que ele é uma versão brasileira de Stevie Wonder. Quando ouço o público cantar “Sina” com o Djavan, eu vou às lágrimas. Um dia ainda vou gravá-la — afirmou. As informações são do portal O Globo e portal Jovem Pan.

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