Quinta-feira, 02 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de setembro de 2019
Morreu nesta terça-feira (10) a iraniana que, segundo organizações de direitos humanos, ateou fogo ao próprio corpo na frente de um tribunal de Teerã após ser processada por frequentar um estádio de futebol .
Identificada como Sahar Khodayari, a mulher de 29 anos foi presa em março após se vestir de homem para tentar entrar em um estádio e assistir a um jogo do seu time favorito, o Esteqlal, em Teerã. Na ocasião, ela ficou três dias detida e foi liberada sob fiança.
Segundo a BBC, uma audiência teria sido marcada para o início de setembro, mas quando a mulher chegou ao tribunal, soube que a sessão havia sido adiada. Ela, contudo, supostamente entreouviu que poderia ficar entre seis meses e dois anos na prisão caso fosse condenada. Em seguida, saiu do prédio e ateou fogo em si mesma, tendo mais de 90% de seu corpo queimado.
“Depois de ser levada para a prisão de [Gharchak] em Varamin [cidade], minha irmã sofreu muitos problemas mentais e ficou aterrorizada”, teria dito sua irmã à agência estatal Rokna, que não publicou a identidade da mulher, na segunda-feira.
A mulher, que supostamente sofria de transtorno bipolar, foi levada para o Hospital Motahhari, em Teerã, onde passou alguns dias no centro de tratamento intensivo, mas não resistiu às queimaduras. Nesta terça, segundo a agência de notícias estatal Irna, a vice-presidente iraniana para as Mulheres e Assuntos Familiares, Masumeh Ebtekar, fez um pedido para que a Justiça do país investigue a morte.