Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de novembro de 2022
Uma mulher de 38 anos morreu na tarde deste sábado (26), vítima do ataque ocorrido nesta sexta-feira em escolas na cidade de Aracruz, no Estado do Espírito Santo. A informação foi confirmada pela Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa).
A vítima, identificada como Flávia Amboss Merçon Leonardo, era professora da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti.
Segundo a Sesa, a paciente foi atendida em Aracruz pelo Samu e transferida para o Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra. Na tarde deste sábado, Flávia não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Os disparos foram registrados na EEFM Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral, localizados na mesma região. O atirador apontado como autor do ataque foi identificado como um ex-aluno da escola estadual, que deixou a escola em junho deste ano.
Os atentados deixaram três pessoas mortas e outras 13 feridas em duas escolas. Segundo a polícia, o adolescente capturado pelo crime confessou o que fez e afirmou que planejava os ataques há dois anos. A motivação, no entanto, ainda é investigada.
Pai de atirador
O pai do adolescente de 16 anos que cometeu um atentado a tiros contra duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, afirmou que o filho fez “algo terrível” e que vai pedir desculpas às famílias das vítimas em “momento oportuno”. Quatro pessoas morreram, conforme o mais recente boletim da Secretaria da Saúde do Estado.
“Meu filho cometeu algo terrível, que nunca poderia ao menos imaginar”, disse à reportagem o pai do atirador, que foi apreendido e vai responder por ato infracional análogo aos crimes quatro homicídios qualificados e nove tentativas de homicídio qualificado. Os agravantes são o motivo fútil e a impossibilidade de defesa das vítimas.
Tenente da Polícia Militar capixaba, o pai havia publicado nas redes sociais uma foto da capa do livro “Minha Luta”, em que Adolf Hitler expôs suas ideias antissemitas. A publicação gerou debates nas redes sociais, com pessoas associando o pai à ação do filho.
“Você quer saber de livro da biografia de Hitler. Livro péssimo. Li e odiei”, afirmou o PM sobre a obra considerada referência ideológica para neonazistas.
Ele não comentou o fato de o filho ter usado, conforme apuração da polícia, uma suástica na roupa durante o atentado em uma escola pública e outra particular no norte do Espírito Santo.