Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2023
A escritora era a integrante atual mais longeva da ABL
Foto: DivulgaçãoA escritora e professora universitária Cleonice Berardinelli, que ocupava a cadeira nº 8 da ABL (Academia Brasileira de Letras), morreu na terça-feira (31), aos 106 anos, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, de insuficiência respiratória.
Considerada uma das maiores referências para estudos da língua portuguesa – especialmente nas obras de Fernando Pessoa e Luís de Camões –, ela foi eleita para a ABL em 16 de dezembro de 2009, na sucessão de Antônio Olinto. A escritora era a integrante atual mais longeva da ABL.
Dona Cleo, como era conhecida, nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 1916. Ela era licenciada em Letras Neolatinas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (1938), doutora em Letras Clássicas e Vernáculas pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (1959) e livre-docente de Literatura Portuguesa por concurso pela Faculdade Nacional de Filosofia (1959).
Entre as suas principais obras, estão “Estudos camonianos”, de 1973; “Obras em prosa: Fernando Pessoa”, de 1986; “A passagem das horas de Álvaro Campos”, de 1988; “Poemas de Álvaro Campos”, impressa em Lisboa em 1990; “Fernando Pessoa: outra vez te revejo…”, de 2004; e “Gil Vicente: autos”, de 2012.