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Rio Grande do Sul Morre aos 59 anos o músico nativista Jorge Freitas, vítima de coronavírus

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Cantor e compositor nativista vivia na cidade de Cruz Alta. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Cruz Alta)

Ainda em luto pelo músico Porca Véia, a cultura tradicionalista do Rio Grande do Sul sofreu na manhã deste sábado (13) mais uma perda: a morte do cantor e compositor Jorge Freitas, 59 anos. Ele era hipertenso, diabético e estava internado com coronavírus desde o dia 5 no Hospital São Vicente de Paulo, em Cruz Alta (Região Norte), cidade onde também trabalhava como funcionário da prefeitura.

Natural de Santo Ângelo, o artista era um considerado um dos grandes nomes do nativismo no Estado, com cerca de 500 composições (“Como Se Morre Um Homem Valente”, “Missioneiro”, “Um Canto a Tiarajú”, “Sonho Em Flor” e outras), nove discos próprios e um DVD, além de shows e festivais por todo o Estado. Antes de iniciar a carreira na música, na década de 1980 ele chegou a atuar como repórter e apresentador de TV para uma emissora local.

“Ao longo de sua brilhante carreira, Jorge Freitas se tornou um dos maiores intérpretes do nativismo”, ressaltou a prefeitura de Cruz Alta, por meio de nota oficial. “Missioneiro de Santo Ângelo, ele residia nesta cidade, onde construiu boa parte de sua trajetória. A Administração Municipal manifesta toda a solidariedade à família enlutada.”

O MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho) também se manifestou sobre a perda, por meio de seu site. Até o fechamento desta edição de “O Sul”, ainda não havia informações sobre local e horário das cerimônias fúnebres de Jorge Freitas.

Porca Véia

No final da manhã, uma cerimônia marcou a despedida ao gaiteiro, cantor e compositor Élio da Rosa Xavier, o “Porca Véia”, 68 anos. Ele sofria de insuficiência renal, passava por sessões semanais de hemodiálise e faleceu na madrugada de sexta-feira em um hospital de Novo Hamburgo (Vale do Sinos), vítima de parada cardíaca.

O velório e o sepultamento, restritos a familiares e amigos, foram realizados às 11h no Cemitério municipal da Morada do Sol, em Ivoti (também Vale dos Sinos), onde o músico residia.

Nascido em Lagoa Vermelha (Região Nordeste do Estado), ele é um dos fundadores do grupo de bailes Cordiona – ainda na ativa – e gravou 21 discos e participou de diversos festivais durante décadas de uma carreira iniciada por influência familiar, afinal pais e tios também eram músicos. Essa trajetória seria respaldada por sucessos como “De Alma Serrana”, “Lembranças” e “Do Jeito que Deu”.

O artista, cujo apelido remonta aos tempos em que, antes da fama, atuava como técnico agrícola, era casado com Claudinéia Bossardi e deixa quatro filhos. Até o fim da noite, ainda não havia informações sobre horário e local do sepultamento.

Nas redes sociais, o comando do MTG prestou uma homenagem ao músico por meio de nota oficial e de uma “live” musical no Facebook, às 19h, com a participação de artistas como Ernesto Fagundes, Gilnei Bertussi e grupo Os Monarcas.

Porca Véia não se apresentava em bailes desde 2013, quando promoveu um grande show de despedida no Parque de Eventos da Festa da Uva, em Caxias do Sul (Serra), com presenças de diversos colegas de profissão. A sua última performance pública foi realizada em maio passado, quando se apresentou com o filho “Porquinha” em uma transmissão na internet.

Após o evento, ele admitiu ter passado mal durante a apresentação on-line mas fez questão de ressaltar o êxito de sua iniciativa em arrecadar dinheiro, por meio do leilão de seu instrumento, para os músicos do grupo Cordiona (do qual era o diretor e um dos fundadores), sem trabalho por causa da pandemia de coronavírus.

“Não fiz o melhor mas fiz o possível”, declarou. “Infelizmente, o mal-estar que eu tive durante a transmissão acabou se refletindo em meus companheiros, tivemos alguns problemas técnicos, trabalhamos com uma equipe reduzida devido à pandemia e não conseguimos oferecer a qualidade que vocês merecem. Já estamos trabalhando para a próxima ser melhor.”

Ele prosseguiu: “Quero agradecer do fundo do meu coração por todas as palavras de apoio e carinho e a todos que, generosamente, participaram do leilão. Nosso objetivo foi alcançado, fechamos em R$ 34.500, a gaita já a caminho do novo dono e todos os colaboradores do Cordiona já estão com o dinheirinho no bolso!”.

(Marcello Campos)

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https://www.osul.com.br/morre-aos-59-anos-o-musico-gaucho-jorge-freitas-vitima-de-coronavirus/ Morre aos 59 anos o músico nativista Jorge Freitas, vítima de coronavírus 2020-06-13
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