Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2021
Cofundadora do célebre conjunto vocal feminino The Supremes (1959-1977), a cantora norte-americana Mary Wilson morreu na cidade de Las Vegas (Nevada), aos 76 anos. A causa do óbito não foi informada pela família, que inclui dois filhos e dez netos. Antes de seguir em carreira solo (a exemplo de sua colega Diana Ross), ela se manteve no grupo até o final.
“Eu fiquei extremamente chocado e triste ao saber do falecimento desta artista que foi um importante membro da família Motown Records”, lamentou por meio de um comunicado nas redes sociais o empresário e produtor musical Berry Gordy, 91 anos.
Ele é o criador da gravadora, na qual as Supremes eram conhecidas como “as queridinhas” de um elenco que também teve entre os seus destaques artistas como Stevie Wonder, Marvin Gaye e Michael Jackson.
“Sempre tive orgulho de Mary, uma grande estrela por seus próprios méritos e ao longo dos anos continuou a trabalhar duro para impulsionar o legado do Supremes”, acrescentou Gordy. “Ela foi extremamente especial, pioneira, diva e fará muita falta. Nossos sentimentos aos familiares neste momento difícil.”
Quem também se manifestou foi Diana Ross, 74 anos. Em postagem no Twitter, ela prestou homenagem à ex-colega: “Acabei de acordar com esta notícia. Lembro-me de que cada dia é uma dádiva e tenho tantas lembranças maravilhosas de nosso tempo juntas. The Supremes viverão em nossos corações. Minhas condolências a vocês, familiares de Mary”.
Trajetória
Mary Wilson tinha 15 anos quando se uniu a Diana Ross e Florence Ballard (1943-1976) na primeira formação das Supremes, em 1959. Em meio a trocas nas demais integrantes a partir de 1967, ela continuou com o grupo feminino até a sua dissolução definitiva pela Motown, em 1977.
Esses 18 anos foram marcados por diversas canções nas paradas de sucesso, como “Where Did Our Love Go” (1964), “You Can’t Hurry Love”, “Up the Ladder to the Roof” e “Stop! In the Name of Love” – não raro, vendendo mais de 1 milhão de cópias.
Em 1994, o grupo seria homenageado com uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood (Califórnia). Mais recentemente, em 2019, a cantora participou da vigésima-quarta temporada do reality-show “Dancing with the stars” (“Dançando com as Estrelas”) e lançou o livro “Supreme Glamour”.
No domingo, dois dias antes de sua morte, Mary publicou um vídeo no YouTube para anunciar que estava trabalhando no resgate de faixas de sua carreira solo, incluindo o disco inédito “Red Hot”, gravado na década de 1970 mas que não chegou a ser lançado. A ideia era colocar o material no mercado no próximo dia 6 de março, quando ela faria 77 anos.