Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de junho de 2019
O jornalista Clóvis Rossi morreu na madrugada desta sexta-feira (14), aos 76 anos, em São Paulo. De acordo com a filha de Rossi, Claudia, ele estava se recuperando de um infarto em casa, quando passou mal. O corpo do jornalista será velado a partir das 16h desta sexta no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo.
Clóvis teve uma carreira de 50 anos no jornalismo nacional, passando pelas mais diversas e importantes redações, como O Estado de S.Paulo, El País, Correio da Manhã e Isto É. Atualmente Rossi era repórter especial e membro do conselho editorial do jornal ‘Folha de São Paulo’, seu ultimo texto publicado se intitulava “Boletim Médico” e foi veiculado na ultima quarta-feira (12). Clóvis tem, ainda, textos publicados em todos os continentes e se destacou por cobrir grandes eventos como o fim de alguns regimes autoritários e o início da democracia.
Ele escreveu os livros “Clóvis Rossi, Enviado Especial, 25 anos ao Redor do Mundo”, “Militarismo na América Latina” e “O que é Jornalismo”.
Íntegra de “Boletim Médico”, publicado por ele, dois dias antes de sua morte, na Folha:
“Serve a presente coluna para explicar minha ausência desde domingo (9) nas páginas desta Folha.
É uma satisfação devida ao leitor, se é que há algum. Sofri um micro-infarto na sexta (7), fiz a angioplastia, recebi um stent e, na terça (11), outra angioplastia, com mais quatro stents.
Tudo correu perfeitamente bem, graças à extraordinária eficiência e rapidez de atendimento do hospital Albert Einstein, tanto em seu pronto-socorro no Ibirapuera como no próprio hospital, no Morumbi.
E, claro, graças ao dr. José Mariani, do setor de Hemodinâmica, que colocou os stents, ao meu médico de toda a vida, Giuseppe Dioguardi, e a meu irmão, também médico, Cláudio Rossi.
A alta está prevista para esta quinta-feira (13) e, como o músculo cardíaco não chegou a ser afetado, pretendo retornar à atividade profissional normal na próxima semana.
Agradecimento também aos companheiros da Folha que me ampararam e até mentiram dizendo que estavam sentindo minha falta”.