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Morre Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniella Perez, aos 53 anos

Assassino de Daniella Perez, que se tornou pastor ao sair da prisão, também pediu perdão ao ator Raul Gazolla. (Foto: Reprodução)

Morreu, neste domingo (6), aos 53 anos, o ex-ator Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniella Perez. Ele teria sido vítima de um infarto.

A informação foi divulgada em uma live pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, onde o ex-ator se tornou pastor anos depois de executar friamente a atriz Daniella Perez, em 1992.

Pádua assassinou a atriz Daniella Perez em 1992, com sua esposa na época, Paula Thomaz. Os dois faziam um par romântico na novela De Corpo e Alma, escrita por Gloria Perez, mãe de Daniella. Pelo crime, Pádua foi condenado a cumprir 20 anos de prisão por homicídio qualificado.

O crime voltou aos holofotes este ano, quando a HBO Max lançou um documentário sobre o caso. Na época, Pádua fez um vídeo se defendendo dos ataques:

“Minha reação natural é de me defender, qualquer um tem direito de resposta no mundo natural, mas eu não vivo mais no mundo natural. Todos os dias quando eu acordo eu me lembro que sou o Guilherme de Pádua, que tenho essa carga nas minhas costas, e toda manhã é uma luta”, disse em vídeo publicado na ocasião.

O crime

Em 1992, um crime brutal chocou o Brasil. Daniella Perez, de 22 anos, filha da dramaturga Gloria Perez, foi assassinada a punhaladas no dia 28 de dezembro pelo ator Guilherme de Pádua e sua cúmplice, Paula Thomaz, que estava grávida dele na época.

Guilherme encontrou Daniella na saída do estúdio em que eles gravavam a novela. Ele seguiu a atriz junto com Paula Thomaz, então esposa do ator, que estava escondida no banco de trás do carro. Quando Daniella parou em um posto de gasolina, sofreu uma emboscada: Guilherme deu um soco na artista, que caiu desacordada. A atriz foi colocada no banco de trás do carro do ator, agora com Paula no volante.

Dirigindo o veículo de Daniella, Guilherme conduziu até um terreno baldio na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Uma vez no local, o casal apunhalou Daniella Perez mais de 18 vezes. Segundo relatório da perícia, o pulmão, o coração e o pescoço foram atingidos.

Pastor

Por ter matado Daniella Perez a punhaladas, Guilherme de Pádua foi condenado a 19 anos e 6 meses de prisão. Após cumprir um terço da pena, ele ganhou liberdade em 14 de outubro de 1999. Posteriormente, aderiu à Igreja Batista da Lagoinha, na qual tinha um trabalho social com ex-presidiários, segundo o pastor Márcio Valadão.

“Esse moço, Guilherme de Pádua, ficou tão conhecido. Era um artista de TV e fez aquela besteira anos atrás. Até hoje fica um estigma muito grande. Mas eu tive o privilégio de conviver com ele. Durante muitos anos, esteve conosco. Depois que saiu da prisão, cumpriu a pena, e hoje tem um trabalho de cuidar de ex-presos no ministério pastoral”, disse Valadão.

O ator também foi alvo de polêmica durante a campanha presidencial. Pádua já havia participado de manifestações pró-Bolsonaro e chegou a receber o presidente e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, para um culto na Igreja Batista da Lagoinha, onde trabalhava como pastor.

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