Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2023
Heloísa dos Santos Silva ficou nove dias hospitalizada
Foto: ReproduçãoA menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, morreu na manhã deste sábado (16). Ela estava internada desde o dia 7 de setembro no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias (RJ), depois de ter sido atingida por um tiro na cabeça durante uma abordagem da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no Arco Metropolitano, na altura de Seropédica, na Baixada Fluminense.
Segundo boletim médico, Heloísa sofreu uma parada cardiorrespiratória irreversível. A PRF emitiu uma nota de pesar. “Solidarizamo-nos com os familiares, neste momento de dor, e expressamos as mais sinceras condolências pela perda”, disse a corporação.
Em depoimento à Polícia Civil, o agente Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter feito os disparos de fuzil que atingiram a menina. O homem disse que ele e mais dois policiais rodoviários tiveram a atenção voltada para o veículo Peugeot 207, onde a vítima estava com a família, cuja placa, conforme o agente, indicava que o carro era roubado. O motorista, pai da criança, disse ter comprado o carro sem saber desse registro.
Os agentes seguiram atrás do veículo e acionaram a sirene para que o condutor parasse, mas, depois de cerca de 10 segundos, segundo o policial, escutaram um som de disparo de arma de fogo e chegaram a se abaixar dentro da viatura.
Menacho disse que, então, disparou três vezes com o fuzil na direção do Peugeot porque a situação o fez supor que o disparo que ouviu veio do veículo da família de Heloísa. Os outros agentes, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva, confirmaram a versão do colega. Os policiais envolvidos na ocorrência foram afastados.
Segundo informações divulgadas pela CNN, o antigo proprietário do veículo, morador de Petrópolis (RJ), confirmou que teve o carro roubado em agosto de 2022. Conforme o homem, que pediu para não ser identificado, ele foi vítima de um assalto à mão armada.