A possibilidade de politização ou uso como ferramenta de marketing político da trágica morte de Plínio Zalewski, coordenador da campanha do PMDB à prefeitura de Porto Alegre, ensaiada por algumas áreas, começa a ser rechaçada pelos próprios fatos. Ontem, o diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), delegado Paulo Grillo, comentou o teor do bilhete encontrado junto ao corpo do peemedebista. O documento, segundo o delegado, tem 12 linhas e traz um evidente tom de despedida. Hoje, o delegado, em entrevista à imprensa, detalhará dados da investigação.
As razões da exoneração do Ministro da Defesa
Causou surpresa ontem a edição extra do “Diário Oficial da União” com a medida assinada por Rodrigo Maia trazendo a exoneração do ministro da Defesa, Raul Jungmann. Antes mesmo que prosperassem as especulações sobre a queda do ministro, interlocutores do Palácio do Planalto disseram que a exoneração é burocrática e serviu para ele pudesse votar as matérias de interesse do governo nessa terça-feira e não perdesse sua vaga de suplente na Câmara, após as movimentações de ministros que voltaram ao Parlamento devido à PEC do Teto dos Gastos. Nesta quarta, o Diário Oficial publica a recondução de Jungmann ao Ministério da Defesa.
Governo vence batalha do Fies
O governo venceu ontem mais uma batalha no Congresso, garantindo, contra a mobilização da oposição, os recursos para a renovação dos créditos do financiamento estudantil. O embate com a oposição representada por PT, PCdoB, Rede e PDT provocou uma mobilização do governo Michel Temer, levando o plenário do Congresso a aprovar, na tarde de ontem, o projeto que autoriza a liberação de um crédito suplementar de R$ 1,1 bilhão para o Ministério da Educação, sendo R$ 702,5 milhões para o programa de Financiamento Estudantil.
O ministro da Educação, o deputado licenciado Mendonça Filho (DEM-PE), compareceu pessoalmente ao plenário da Câmara onde realizava a votação a fim de garantir apoio para votar a proposta, que passou de forma simbólica.
Consignados: Bancos levam calote dos Estados
A Associação Brasileira dos Bancos, que representa os bancos com atuação no segmento de crédito consignado, diz que foi suspensa a concessão desse tipo de empréstimo nos Estados que deixaram de pagar as parcelas desses empréstimos consignados já descontados dos servidores. Estados como Rio de Janeiro, Tocantins, Amapá e Rio Grande do Sul estariam incluídos nesta prática. Em alguns casos, os bancos incluíram os servidores no cadastro de maus pagadores do Serviço de Proteção ao Crédito.