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Por Redação O Sul | 22 de julho de 2022
Clima é tenso na região da zona norte do Rio, onde o policiamento foi reforçado após operação policial.
Foto: ReproduçãoUma moradora morreu após ter sido baleada em um novo tiroteio no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (22). A vítima é a 19ª pessoa morta na comunidade no segundo dia de confrontos na região.
A mulher, identificada como Solange Mendes da Silva, havia saído de casa para fazer compras quando foi baleada na cabeça.
A PM informou que ela foi encontrada ferida após um ataque de criminosos à base da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Nova Brasília e levada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Alemão.
A vítima foi encaminhada ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, onde já chegou sem vida, de acordo com a direção da unidade. O corpo será levado ao IML (Instituto Médico-Legal).
A Secretaria de Estado de Saúde afirmou que a família de Solange está no hospital, sendo assistida pelo Núcleo de Atendimento à Família, com apoio de assistente social e psicóloga.
O clima ainda é tenso na comunidade, onde o policiamento foi reforçado depois que uma operação policial deixou 18 mortos nesta quinta-feira (21). Ao menos 13 pessoas já foram identificadas, e a maioria é tratada como suspeita pela polícia.
Entre as vítimas estão um PM atacado por criminosos e uma mulher de 50 anos que passava de carro nas imediações da comunidade. O caso é investigado pela Divisão de Homicídios.
A ação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) reuniu cerca de 400 homens, com o apoio de blindados e aeronaves.
Ao menos cinco homens foram presos. Entre eles, um foragido da Justiça, conhecido como “matador de policiais” no estado do Pará, segundo a Polícia Militar.
Uma das ações apreendeu uma metralhadora capaz de derrubar helicópteros.
Parabéns de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PL) parabenizou, nesta sexta-feira (22), a Polícia Militar pela operação.
Durante visita a um posto de combustíveis em Brasília (DF), Bolsonaro contou que conversou, por telefone, com a irmã do cabo Bruno de Paula Costa, uma das vítimas. “Hoje eu liguei e atendeu a irmã do cabo executado pela bandidagem quando chegava na UPP”, disse.
Bolsonaro foi questionado sobre ter tido a mesma reação com as outras 17 pessoas assassinadas na ação. “Você se solidariza com essas pessoas, tá o.k.?”, respondeu. Na sequência, o chefe do Executivo parabenizou a instituição fluminense.
“Eu não vou entrar em detalhes. Se essa mãe inocente… Se eu ligar para todo mundo que morre todo dia eu estou… Esse fato deu repercussão. É um cabo paraquedista, é meu irmão, ponto final. Parabéns para a Polícia Militar.”