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Mortes por AVC no mundo devem aumentar 47% e chegar a quase 10 milhões em 2050

O AVC é considerado uma doença grave e que surge devido à alteração do fluxo sanguíneo no cérebro. (Foto: Reprodução)

Os óbitos causados por conta de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), segunda principal causa de morte no mundo, devem aumentar 47% nos próximos anos, passando de 6,6 milhões em 2020 para 9,7 milhões em 2050. Os dados atualizados foram divulgados pela renomada revista científica The Lancet Neurology e acendem um alerta em toda a comunidade médica.

Segundo Vanessa Milanese, diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), os novos dados mostram que a divulgação da prevenção da doença deve ser ampliada: “O derrame cerebral sempre foi uma das principais causas de morte, a doença é uma das mais recorrentes razões de sequelas e incapacidade em todo mundo. Um fato que vale destacar é que esse novo estudo revela que a população de países de baixa renda serão mais afetados pelas consequências da doença do que os de renda alta. Esse é mais um retrato da desigualdade social que afeta o mundo”.

O AVC é considerado uma doença grave e que surge devido à alteração do fluxo sanguíneo no cérebro, podendo ser de dois tipos:

* Acidente vascular isquêmico: responsável por 80% dos casos, podendo ocorrer devido a uma trombose ou embolia.

* Acidente vascular hemorrágico: considerado mais grave, surge quando ocorre o rompimento dos vasos sanguíneos no interior do cérebro, denominada hemorragia intracerebral. Neste tipo há aumento da pressão intracraniana, que pode resultar em maior dificuldade para a chegada de sangue em outras áreas e agravar ainda mais a lesão.

Primeiros sinais

Os primeiros sintomas de um Acidente Vascular Cerebral são diversos. Confira seguir alguns deles:

* Dor de cabeça forte e persistente;
* Vertigem e confusão mental;
* Dificuldade em andar, falar e compreender;
* Paralisia ou dormência da face, da perna ou braço;
* Perda temporária da visão;
* Tontura.

Ainda segundo o estudo, o risco de uma pessoa sofrer um ACV está aumentando em pessoas jovens e de mais idade (igual ou superior a 55 anos) em nível mundial.

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento e qualquer sintoma deve ser investigado por um especialista: “Um estilo de vida saudável, praticar atividade física, não fazer uso de tabaco, evitar uso de drogas e controlar a diabetes pode ajudar a reduzir em até 80% as chances de um ataque de AVC de ambos os tipos”, destaca Vanessa Milanese.

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