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Mundo Mortes relacionadas ao calor extremo podem aumentar quase cinco vezes até 2050 em todo o mundo

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Pessoas com mais de 65 anos têm sido as mais vulneráveis ao aumento das temperaturas

Foto: Reprodução
Pessoas com mais de 65 anos têm sido as mais vulneráveis ao aumento das temperaturas. (Foto: Reprodução)

As mortes relacionadas aos efeitos do calor extremo podem quase quintuplicar no mundo nas próximas décadas, segundo um relatório feito por mais de 100 especialistas de 52 instituições de pesquisas e agências da ONU (Organização das Nações Unidas). As conclusões do estudo foram divulgadas nesta quarta-feira (15).

Os especialistas alertam que “a saúde da humanidade está em grave perigo”. O relatório afirma que, em um cenário de aumento médio da temperatura de 2ºC na comparação com o período pré-industrial até o fim do século, as mortes vinculadas ao calor podem aumentar em 4,7 vezes até 2050.

“O nosso balanço da saúde revela que os perigos crescentes das alterações climáticas estão custando vidas e meios de subsistência em todo o mundo. As projeções de um mundo 2°C mais quente revelam um futuro perigoso e são um lembrete sombrio de que o ritmo e a escala dos esforços de mitigação observados até agora têm sido lamentavelmente inadequados para proteger a saúde e a segurança das pessoas”, afirmou a diretora-executiva do relatório, Marina Romanello.

Pessoas com mais de 65 anos têm sido as mais vulneráveis ao aumento das temperaturas. As mortes nessa faixa etária atribuídas a isso subiram 85% na última década (2013-2022) em comparação com o número de pessoas que morreram durante o período de 1991-2000.

Segundo as estimativas, 2023 será o ano mais quente registrado na história.
Ondas de calor mais frequentes poderão fazer com que cerca de 525 milhões de pessoas sofram de insegurança alimentar moderada ou grave até a metade do século, aumentando o risco global de desnutrição.

As doenças infecciosas transmitidas por mosquitos devem continuar em propagação. A transmissão da dengue, por exemplo, pode registrar alta de 36% no mundo.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou que “a humanidade enfrenta um futuro intolerável”. “Já estamos vendo a catástrofe acontecendo para a saúde e a subsistência de bilhões de pessoas ao redor do mundo, ameaçadas por ondas de calor recordes, secas devastadoras para as colheitas, níveis crescentes de fome, surtos crescentes de doenças infecciosas, tempestades e inundações fatais.”

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