Sábado, 26 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 11 de maio de 2015
O movimento de BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) contra Israel pediu aos músicos brasileiros Caetano Veloso e Gilberto Gil para cancelarem o seu show em Tel Aviv, marcado para 28 de julho.
Na opinião do movimento, realizar o show significa apoio implícito à ocupação da Palestina por israelenses.
Os que assinaram o documento expressaram sua admiração pelo trabalho de Veloso e Gil e seu “compromisso histórico de lutar pela justiça, liberdade e igualdade”, em uma nota divulgada em redes sociais e na plataforma Change.org.
“O mês de julho vai marcar um aniversário dos ataques israelenses em Gaza, durante os quais Israel matou mais de 2 mil palestinos, incluindo 500 crianças. Mais de 100 mil pessoas continuam desabrigadas por causa desses ataques”, diz a carta.
A carta afirma ainda que “agir em Israel serve como um selo de aprovação para as políticas racistas, colonialistas e de apartheid de Israel” e que este país “viola sistematicamente o direito internacional: impede que refugiados palestinos retornem para suas casas, coloniza e ocupa a Cisjordânia e Gaza e discrimina sistematicamente os cidadãos palestinos de Israel “.
“Nosso pedido tem apoio dos artistas e da sociedade civil palestina, que pedem que artistas [internacionais] não atuem em Israel. Alguns dos que acataram o pedido são Lauryn Hill, Roger Waters, Snoop Dogg, Carlos Santana, Coldplay, Lenny Kravitz e Elvis Costello “, acrescenta a nota.
O movimento BDS nasceu na sociedade civil palestina em 2005, propondo realizar um boicote até que Israel “respeite o direito internacional e os direitos dos palestinos”, e se espalhou nos últimos anos.
A campanha pede “um boicote aos produtos israelenses e de empresas que se beneficiam da violação dos direitos dos palestinos, além de instituições acadêmicas, esportivas e culturais em Israel”.
Eles também pedem que não se invista em “fundos que financiam empresas cúmplices dessa violação de direitos” e sanções contra o país.