Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2015
Björn Höcke, 43 anos, tornou-se popular em toda a Alemanha em pouco tempo como um dos principais líderes da nova extrema-direita. Em consequência da crise dos refugiados, o seu partido AfD (Alternativa para a Alemanha, sigla do nome em alemão) subiu em pouco tempo de 5% para 8% das preferências de voto.
Höcke, presidente do AfD na Turíngia, reúne todas as semanas milhares de pessoas em eventos onde fala sobre “a ameaça da violência dos homens muçulmanos contra as mulheres louras alemãs”. Setenta anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial e da morte do ditador Adolf Hitler, ele é aplaudido pelo povo quando fala sobre a Alemanha de mil anos, em referência ao “Reich de mil anos” dos nazistas. Pela terminologia, o estilo carismático e a capacidade de angariar a cada semana milhares de novos adeptos, Höcke começa a ser chamado de “novo Hitler”, embora, segundo o cientista político Christoph Giesa, não exista perigo de a extrema-direita voltar a conquistar o poder.
Höcke e seus colegas são considerados “cidadãos perigosos” por alguns, mas autoridades consideram maior o perigo que vem dos seus adeptos. “Estamos muito preocupados com a nova tendência, que faz políticos e jornalistas vítimas da violência e deixa abrigos de refugiados em chamas”, disse Thomas Oppermann, chefe dos social-democratas no Parlamento alemão. (Graça Magalhães-Ruether/AG)