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MPF não acusa pajé que mandou esquartejar índio

Bilionário afirmou que a expectativa é enviar 1 milhão de pessoas até 2050 em naves estelares. (Foto: Reprodução)

Em decisão que provoca estupefação inclusive entre procuradores, o Ministério Público Federal (MPF) alegou “respeito à cultura” para não denunciar à Justiça um dos crimes mais hediondos da História: a morte e esquartejamento de um adolescente índio de 16 anos, a mando do pajé e do cacique da etnia munduruku, em Itaituba (PA). O MPF avalizou a versão de que a vítima teria causado afogamento de outro índio por “magia negra”. O procurador de Justiça no Rio, Marcelo Rocha Monteiro, chocado, considerou a interpretação “assustadora” e “absurda” do MPF.

CF protege a vida
Rocha Monteiro lembrou que a Constituição Federal (CF) não assegura a ninguém, nem mesmo a indígenas, o “direito” de matar pessoas.

Esquartejamento
Executado a tiros por dois índios, dentro de sua própria casa, o garoto foi arrastado por 10 quilômetros e esquartejado à beira do rio Cabitutu.

‘Coração triturado’
O corpo foi picado pequenos pedaços, “retiraram seu fígado e coração, triturando-os”, conforme relato chocante do próprio MPF.

Que vergonha
A decisão de não punir o homicídio se baseia em parecer de um “analista de antropologia” e outras concepções e interpretações equivocadas.

Leite ‘piscou’, ao tentar adiar prévias do PSDB
O esforço dos coordenadores de campanha do governador gaúcho Eduardo Leite para adiar as prévias do PSDB foi interpretada no partido como uma admissão de que ele não tem forças para vencer. Leite chegou a dizer que era tudo “mentira”, mas gravações obtidas pelo site Diário do Poder provaram o contrário. Os pré-candidatos João Doria e Arthur Virgílio reagiram à manobra, considerando-a “imoral” e “casuísta”.

Marcado: dia 21
Prévias foram convocadas para dirigentes e filiados definirem no domingo (21) o candidato do PSDB a presidente, em 2022.

Nem o criador quer
A alegação para o adiamento é de problemas de confiabilidade no aplicativo desenvolvido pelo PSDB-RS que permitiria votação virtual.

Absurdo
Em um dos áudios, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, gargalhou ao reagir à proposta de adiar: “Quem cria o aplicativo não quer eleição!”.

Mandou bem
O ministro das Comunicações, Fabio Faria, mandou bem ao tentar convencer o bilionário Elon Musk presidente da Tesla, a investir no Brasil. “Queremos que o País seja hub de inovação da América Latina com o 5G”, exultou Faria em suas redes sociais.

Maluf fez escola
Há pouco tempo no cargo, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, já desenvolveu uma característica que pode até evitar problemas, mas desagrada entrevistadores: é do tipo que foge das perguntas.

Luz irrelevante
A Câmara banalizou a iluminação do seu prédio em cores diferentes, como forma de destacar uma boa causa ou um acontecimento. A profusão de cores tornou o que era simbólico em irrelevante.

Retrato da vacinação
O Brasil superou a marca de 162 milhões de pessoas com ao menos uma dose de vacina contra a covid-19. Dessas, 121 milhões estão com o ciclo vacinal completo e 12,5 milhões já receberam uma dose de reforço.

Devagar demais
O deputado Kim Kataguiri citou dados do TCU, ontem, ao discutir projeto que reserva verbas para garantir obras públicas, mostrando que dos 38 mil contratos, mais de 14 mil estão paralisados.

Covid em queda
A média diária de mortes por covid no Brasil ao longo da pandemia caiu abaixo de mil graças à redução provocada pela vacinação em massa. Segundo o Worldometer, são 611,5 mil mortes em 615 dias, enquanto os EUA, por exemplo, mantêm média diária de 1.251 mortes desde o início.

Irreversível
O pix completa um ano e 80% das ONGs já o utilizam para receber doações. O avanço é indiscutível, mas certas decisões judiciais mostraram que ninguém é mais 100% livre para gastar seu dinheiro.

Duro golpe
Pesquisa do site The Hustle, baseada em balanços do setor, revelou que o turismo de negócios já acumula perdas de mais de U$35 bilhões (R$200 bilhões) no mundo, como consequência da pandemia.

Pensando bem…
…tem dono de partido tentando fazer do político refém antes mesmo da filiação.

PODER SEM PUDOR

Doença muito rara
Dirigentes do PSDB, Teotônio Vilela Filho e Márcio Fortes chegaram atrasados a uma importante reunião, durante o governo FHC. “Desculpem o atraso, Teotônio teve uma crise de um mal muito raro, o distúrbio cronotopocinético, mas já está tudo bem”, justificou Fortes. Nem Vilela entendeu nada, já que se sentia bem. Márcio Fortes explicou: “Eu também sofro dela: distúrbio cronotopocinético. “Crono” de tempo, “topo” de terreno ou distância e “cinético” de movimento. Quer dizer que o sujeito chega sempre atrasado…”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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