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Saúde Mpox: OMS autoriza pela primeira vez a vacina contra a infecção; veja o que isso significa

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A Pré-qualificação e a Listagem de Uso Emergencial são mecanismos usados para avaliar a qualidade, segurança e a eficácia de produtos médicos. (Foto: Reprodução)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a vacina MVA-BN, produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, se tornou a primeira contra a mpox (varíola dos macacos) a ser adicionada à sua lista de pré-qualificação.

A Pré-qualificação (PQ) e a Listagem de Uso Emergencial (EUL) da OMS são mecanismos usados para avaliar a qualidade, a segurança e a eficácia de produtos médicos, como vacinas, diagnósticos e medicamentos, e a adequação do produto para uso em um contexto de país de baixa e média renda.

Espera-se que isso facilite o acesso oportuno e ampliado a este produto vital em comunidades com necessidade urgente, para reduzir a transmissão e ajudar a conter o surto.

“A pré-qualificação da OMS para a vacina MVA-BN ajudará a acelerar a aquisição contínua das vacinas mpox por governos e agências internacionais como a Gavi e a Unicef para ajudar comunidades na linha de frente da emergência em andamento na África e além”, disse a Dra. Yukiko Nakatani, Diretora-Geral Assistente da OMS para Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde. “A decisão também pode ajudar as autoridades regulatórias nacionais a acelerar as aprovações, aumentando, em última análise, o acesso a produtos de vacina mpox com garantia de qualidade.”

A avaliação da OMS para a pré-qualificação é baseada em informações enviadas pelo fabricante, Bavarian Nordic A/S, e revisão pela Agência Europeia de Medicamentos, a agência reguladora registrada para esta vacina.

“Esta primeira pré-qualificação de uma vacina contra a mpox é um passo importante na nossa luta contra a doença, tanto no contexto dos surtos atuais na África, quanto no futuro”, disse o Diretor-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A vacina MVA-BN, também conhecida como Jynneos, Imvamune ou Imvanex, é oferecida no Brasil e aprovada pela Anvisa, pode ser administrada em pessoas com mais de 18 anos de idade como uma injeção de 2 doses administradas com 4 semanas de intervalo. Após armazenamento refrigerado prévio, a vacina pode ser mantida a 2–8°C por até 8 semanas.

A aprovação diz que, embora a vacina não esteja atualmente licenciada para menores de 18 anos, ela pode ser usada em bebês, crianças e adolescentes “em cenários de surto onde os benefícios da vacinação superam os riscos potenciais”.

Autoridades do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças disseram no mês passado que quase 70% dos casos no Congo — o país mais atingido pela mpox — são em crianças menores de 15 anos, que também foram responsáveis por 85% das mortes.

Considerada de terceira geração, a vacina Jynneos apresenta perfil de segurança aprimorado e apresenta menor capacidade de provocar reações adversas. A formulação utiliza linhagens atenuadas do vírus vaccinia modificado da cepa Ankara, que está relacionado ao vírus da varíola.

Dados disponíveis mostram que uma vacina MVA-BN de dose única administrada antes da exposição tem uma eficácia estimada de 76% na proteção de pessoas contra mpox, com o esquema de 2 doses alcançando uma eficácia estimada de 82%. A vacinação após a exposição é menos eficaz do que a vacinação pré-exposição.

Sintomas iniciais comuns da mpox envolvem febre, dores musculares, cansaço e linfonodos inchados. Uma característica comum da doença é o aparecimento de erupções na pele (lesões), como bolhas, que geralmente começam no rosto e se espalham para o resto do corpo, principalmente as mãos e os pés, mas também podem surgir nas genitálias.

Os sintomas aparecem entre 6 e 13 dias após a contaminação, mas podem levar até três semanas da exposição para se manifestarem. Geralmente, quando a doença é leve, e os sintomas desaparecem sozinhos dentro de duas a três semanas.

Segundo a OMS, mais de 120 países confirmaram mais de 103.000 casos de mpox desde o início do surto global em 2022. Somente em 2024, houve 25.237 casos suspeitos e confirmados e 723 mortes por diferentes surtos em 14 países da Região Africana (com base em dados de 8 de setembro de 2024).

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