Segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Por Flavio Pereira | 4 de março de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Na segunda-feira, 27, quase 1,6 mil militantes ligados à organização MST invadiram três fazendas produtivas da Suzano Celulose na Bahia, ante a apatia geral de autoridades que deveriam conter esse tipo de ação criminosa, que atenta contra o estado democrático. Entidades do setor produtivo cobram uma resposta enérgica das autoridades e do próprio presidente Lula. Parte da área invadida e vandalizada era destinada a produtores de leite da região que, agora, estão prejudicados sem pastagens para os animais.
Ontem, foi a vez do jornal O Estado de S. Paulo dar eco a esse clamor pela volta do estado democrático, e em editorial, cobrar providências do presidente da República, definindo que o MST nada mais é que um “latifúndio improdutivo” que tem de ser tratado como “caso de polícia”. Diz o editorial que “nesta semana, 1,7 mil militantes do MST invadiram três fazendas de eucaliptos na Bahia. De improdutivas, nada têm. Pelos dados da proprietária, a Suzano, só na região ela gera 7 mil empregos e beneficia 37 mil pessoas pelo efeito renda. Mas, como deixou transparecer a líder do MST na Bahia, Eliane Oliveira, o objetivo não era mesmo denunciar latifúndios improdutivos, mas só chantagear o governo para ocupar cargos. O Brasil tem pressa de saber se seu presidente, o autodeclarado líder da ‘frente ampla democrática’, condenará, sem adversativas, as manobras do MST como aquilo que são — crimes contra o setor mais dinâmico e produtivo da economia nacional — ou se passará a mão na cabeça dos arruaceiros, seja omitindo-se, seja apelando para justificativas que ofendem a inteligência”, diz o editorial.
TSE confirma eleições extras domingo no RS
O Tribunal Superior Eleitoral confirmou que neste domingo (5), cinco municípios vão eleger novos prefeitos e vice-prefeitos, que cumprirão mandato até dezembro de 2024. São eles: Capão do Cipó (RS), Iaciara (GO), Ipanguaçu (RN), Miraguaí (RS) e Redentora (RS). O eleitorado terá das 8h às 17h para votar, no horário local. Estavam previstas também eleições suplementares nos municípios gaúchos de Caseiros e São Francisco de Assis, mas os pleitos foram suspensos por medidas liminares que terão efeito até o julgamento dos recursos dos prefeitos cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ação de Camozzato acaba com divulgação do governo
Persistente, o deputado estadual Felipe Camozzato (Novo), do Rio Grande do Sul, explicou como se deu o movimento que levou à remoção de divulgação irregular do governo federal. Ele ingressou com ação judicial para que o Palácio do Planalto remova publicações em canais oficiais que faziam referência ao “governo Lula”. Segundo Camozzato, o uso da referência ao nome do presidente Lula em perfis institucionais do governo fere o princípio constitucional da impessoalidade. O deputado solicitou à Justiça a proibição de novas postagens com esse teor. O Planalto percebeu que a ação tinha bom fundamento e preferiu recuar, removendo publicações com o nome de Lula que estavam no ar. A alegação da Advocacia-Geral da União no processo foi primária: justificou que o termo “governo Lula” é amplamente utilizado pela imprensa nacional e internacional para se referir ao governo federal.
Chegou a ajuda para os municípios gaúchos: R$ 150 mil
Os mais de 300 municípios que declararam situação de emergência no Rio Grande do Sul devido à estiagem aguardam providências do governo federal. Ontem, o Governo Lula confirmou o envio de auxílio para 5 municípios. Cada município receberá R$ 150 mil, valores autorizados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, por meio da Defesa Civil Nacional.
Fundopem assegura benefício de R$ 950 milhões para empresas gaúchas
O Secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado, deputado Ernani Polo, comemorou ontem a liberação de R$ 954,6 milhões foi aprovado para subsidiar 14 projetos de implantação e expansão de empresas no âmbito do Fundopem, o Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul com expectativa da geração de 900 empregos. É o maior valor liberado para o setor privado pelo fundo dos últimos cinco anos. Estes recursos surgirão dos benefícios usufruídos pelas empresas via Fundopem convertidos no abatimento de parte do ICMS incremental oriundo da comercialização dos produtos fabricados. O percentual de desconto varia de acordo com o enquadramento do projeto no incentivo e pode atingir até 90%.
Lula diz que não quer mais saber de lista tríplice
O presidente Lula declarou em alto e bom som que não vai mais seguir as listas tríplices. Disse isso ao referir-se à escolha do próximo procurador-geral da República que substituirá Augusto Aras, cujo mandato expira em outubro. Ontem, Lula afirmou que não pensa mais em lista tríplice para escolher o novo PGR. Em setembro, termina o mandato de Augusto Aras à frente do Ministério Público Federal e um novo nome deverá ser indicado pelo chefe do Executivo federal. A lista é elaborada pela ANPR, a partir de uma votação da classe. A alegação de Lula para ignorar a lista tríplice tradicionalmente encaminhada pela Associação Nacional dos Procuradores da República, é de que “já está provado que nem sempre a lista tríplice resolve problema”.
Até o PT quer afastar ministro das Comunicações
As denúncias contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indicado pelo União Brasil do Maranhão, são realmente muito graves. Prova disso é que até o PT está pedindo o afastamento do ministro. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defende o afastamento do ministro, como forma de evitar constrangimento no governo federal. A lista de denúncias só aumenta, como a contratação de uma consultoria que fraudou a folha de pagamento do Tribunal de Justiça do Maranhão, o uso do orçamento secreto para asfaltar uma estrada que passa na região da fazenda da própria família e o uso de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para participar de um leilão de cavalos de raça.
Cinco mulheres presidem comissões no Legislativo
Cresceu a participação feminina no parlamento gaúcho. Das 12 comissões permanentes da Assembleia legislativa, cinco serão presididas por mulheres este ano. Sofia Cavedon (PT) na Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia; Laura Sito (PT) na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos; Patrícia Alba (MDB) na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle; Stela Farias (PT) na Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado; Adriana Lara (PL) na Comissão Mista do Mercosul e Assuntos Internacionais.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.