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Política MST faz novas exigências, é recebido pelo ministro Fernando Haddad e pede mais verba para reforma agrária

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Após ter cedido e feito nomeações em órgãos federais, a gestão petista se mobilizou nesta quinta-feira (20) para receber mais demandas

Foto: Divulgação
Após ter cedido e feito nomeações em órgãos federais, a gestão petista se mobilizou nesta quinta-feira (20) para receber mais demandas. (Foto: Divulgação)

O Movimento dos Sem Terra (MST) ampliou a lista de exigências ao governo Luiz Inácio Lula da Silva enquanto mantém áreas rurais produtivas e de pesquisa sob o controle de seus militantes. Após ter cedido e feito nomeações em órgãos federais, a gestão petista se mobilizou nesta quinta-feira (20) para receber mais demandas.

De Londres, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, abandonou um evento e foi chamado de volta ao Brasil por Lula para tratar da crise. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abriu as portas do gabinete da pasta na capital paulista a líderes dos sem-terra e se dispôs a ouvir novos pedidos.

O governo já havia nomeado 19 superintendentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para tentar pôr fim à onda de invasões deflagradas no chamado “Abril Vermelho”. Em contrapartida, áreas invadidas em Petrolina (PE) e Aracruz (ES), pertencentes à Embrapa e à Suzano, deveriam ser desocupadas, o que não se concretizou. Setores do agronegócio, governadores e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticam a investida do MST.

Demandas do MST

O movimento passou a pedir a nomeação de mais sete superintendentes do Incra, a instalação de uma mesa de negociação com a participação do governo federal para deixar terras invadidas da Suzano, além de cobrar de Haddad mais verbas públicas para a compra de terras destinadas à desapropriação. De acordo com o MST, os recursos são insuficientes para atender às necessidades da reforma agrária.

Após o encontro com o ministro, o coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, afirmou que Haddad vai estudar um aumento da verba destinada à obtenção de terras para a reforma agrária para R$ 400 milhões. “O Incra herdado de (Jair) Bolsonaro teve um orçamento de R$ 200 milhões. A necessidade para assentar todas as famílias acampadas hoje é de R$ 1,3 bilhão. O ministro disse que é muito difícil recompor o orçamento neste ano”, disse Rodrigues.

Ainda segundo o líder do MST, Haddad também estuda criar dois grupos de trabalho. Um seria dedicado a avaliar a viabilidade de devedores da União pagarem a dívida entregando suas terras, e outro, a analisar crédito para financiamento da agricultura familiar. Questionado pelo Estadão, o Ministério da Fazenda disse apenas que vai “estudar” a pauta de reivindicações recebidas.

Desocupações

De acordo com Rodrigues, o movimento se comprometeu a desocupar as duas áreas invadidas até o fim de semana. “O ministro fez o pedido que é importante a desocupação e nós falamos que vamos desocupar a Embrapa assim que acharmos um local para colocar as 800 famílias que estão lá e que vamos desocupar a área da Suzano”, disse.

Rodrigues disse que não há motivos para o MST criar “constrangimento com o governo Lula”. “O MST é parceiro do governo. Está com uma agenda de produção de alimento. Mas nós achamos justo que, no mês de abril, o MST possa apresentar a nossa pauta, que é o assentamento imediato de 60 mil famílias acampadas, na sua grande maioria, desde o governo Dilma (Rousseff)”, afirmou.

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https://www.osul.com.br/mst-novas-exigencias-verba-reforma-agraria/ MST faz novas exigências, é recebido pelo ministro Fernando Haddad e pede mais verba para reforma agrária 2023-04-20
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