Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de abril de 2019
Na manhã desta terça-feira (16), o Movimento dos Sem Terra iniciou um protesto em Porto Alegre, reunindo aproximadamente 600 pessoas em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O objetivo é chamar a atenção do governo para a reforma agrária, cuja paralização é a principal reclamação do MST. Em todo o pais, houveram outras mobilizações. Estados como Paraná, Ceará, Bahia e Alagoas também foram às ruas.
Ao O Sul, lideranças do Movimento afirmaram que o protesto também reclama da extinção das políticas existentes sobre o tema. No Brasil, 150 mil famílias estão acampadas atualmente, sendo 1.800 somente no Rio Grande do Sul. Os manifestantes pediram a desconcentração de terras para a produção de alimentos.
Apesar das reivindicações, o MST não está muito otimista, conforme a coordenadora nacional do MST, Silvia Reis Marques.”Nós não temos essa ilusão, sabemos que esse governo não gosta de sem terra, não gosta de mulher, não gosta de negro, não gosta de índio (…) mas sabemos que precisamos fazer a luta”, afirma Silvia. Ela destaca ainda que a esperança dos movimentos está na população. “Vamos estar nas ruas, fazendo o diálogo com a sociedade. Nossa esperança é que o povo se levante e faça grandes mobilizações, porque, aí sim, (…) esse governo vai ter que dar respostas”, considerou ela.
A mobilização desta terça fez referência à 17 de abril, o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Durante a tarde, lideranças do MST foram recebidas pelo governador Eduardo Leite, para debater as principais reivindicações do movimento no estado.