Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Wilson Pedroso | 12 de setembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Já há algum tempo que nações do mundo todo debatem a mudança do clima e buscam novas soluções regulatórias e tecnológicas que reduzam as emissões dos gases de efeito estufa e garantam o crescimento econômico de forma sustentável.
A verdade, no entanto, é que estamos atrasados. A pauta ambiental bate às nossas portas.
Neste ano, em especial, o Brasil tem sido impactado de forma mais relevante por fenômenos climáticos preocupantes. A população tem sentido os efeitos da mudança no clima e o assunto saiu das agendas política e institucional para ganhar espaço nas conversas e no dia a dia dos brasileiros.
Foi isso o que aconteceu, entre abril e maio, quando o País todo se comoveu com a tragédia provocada pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, deixando mais de 140 mortos e afetando as vidas de cerca de 2 milhões de pessoas.
Agora, os brasileiros acompanham com perplexidade a onda de incêndios e queimadas sem precedentes registrada em várias regiões do País, incluindo a Amazônia, o Pantanal, áreas de cerrado e as lavouras no interior de São Paulo.
A situação motivou o Senado a convidar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a participar de uma sessão da Comissão de Meio Ambiente para tratar da temática dos fenômenos climáticos. Ela ganhou as manchetes dos jornais de todo País ao fazer o alerta de que poderemos perder o Pantanal até o fim deste século, caso o mundo não consiga frear o aquecimento global. Mas o fato é que, pelo menos até aqui, o planeta tem falhado nesse sentido.
O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus acaba de divulgar que agosto foi o mais quente da história, empatado com agosto de 2023. Além disso, 2024 tem potencial para alcançar a marca de ano mais quente de toda a série histórica de aferições. E setembro deve contribuir nesse sentido.
Estamos no meio de uma onda excepcional de calor, que pode elevar as temperaturas para além dos 40 graus em diversos estados do Brasil. Os serviços meteorológicos preveem que algumas cidades terão temperaturas próximas aos 45 graus. Condições tão severas são perigosas para a vida e exigirão que as autoridades lancem especial atenção à assistência da saúde de pessoas mais vulneráveis, incluindo-se idosos e crianças
No entanto, apenas as medidas paliativas, de enfrentamento dos efeitos da crise climática, são insuficientes. A reversão desse cenário exige ações drásticas, com criação de legislação forte e regulações rígidas não apenas no Brasil, mas em todo o globo.
Não há mais tempo a perder. O mundo precisa agir agora.
Wilson Pedroso é consultor eleitoral e analista político com MBA nas áreas de Gestão e Marketing
*sistemas@comuniquese3.com.br
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.