O ministro Joaquim Levy (Fazenda) demonstrou discordância com a medida, cogitada pela presidenta Dilma Rousseff, de alterar a meta de superávit primário do ano que vem para preservar o programa Bolsa Família. “Eu acho inconveniente”, disse Levy ao ser questionado por jornalistas sobre a possibilidade de o governo alterar a meta fiscal de 2016.
“Acho um equívoco achar que essa mistura de que a meta [fiscal de 2016] por causa da Bolsa Família não fica de pé. A meta é a meta e o Bolsa Família é o Bolsa Família.” A meta fiscal do ano que vem está fixada em 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto). Para tentar garantir o seu cumprimento, o relator do Orçamento no Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR), propôs um corte de 10 bilhões de reais no Bolsa Família no ano que vem.
“Ninguém vai querer se esconder atrás do Bolsa Família para não tomar as medidas necessárias para o Brasil ir no rumo correto, de preservação dos empregos e de estabilidade e tranquilidade para as famílias”, declarou Levy. (Folhapress)