Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de junho de 2016
Uma mulher só conheceu o filho 45 dias após a criança nascer. Ela contraiu H1N1 e ficou em coma. Andreia Vasconcelos, 29 anos, acreditava estar com um resfriado quando foi até o Complexo Hospitalar de Niterói, no Rio de Janeiro.
Andreia precisou ficar sedada e entubada, depois de o pulmão quase parar de funcionar. O desafio médico é que ela já estava com seis meses de gravidez quando isso aconteceu e seria difícil salvar a vida dela e a do bebê. Segundo Andreia, o drama começou no dia 20 de abril, quando ela reclamou com o marido, Aldenir da Silva Souza, 37, que estava resfriada. Dois dias depois, já com grande dificuldade para respirar, ela foi levada para o hospital.
“Ela já estava ficando com os dedos dos pés e das mãos roxos de tanta força que fazia para respirar. Foi então que os médicos identificaram que ela estava com um quadro de gripe suína e resolveram sedá-la. Fiquei em estado de choque, porque pensava na vida dela e do meu filho”, conta Aldenir.
Dois dias depois, a equipe médica resolveu que precisaria fazer uma cesariana para retirar o bebê. “O nosso Jonatam, que está com 53 dias de vida, é uma verdadeira fortaleza. Ele resistiu a três paradas cardíacas e nasceu com apenas 1,2 quilo. Hoje, já está com mais de 2,6 quilos e cada dia fica mais forte. Para nós, cada pequeno passo em sua evolução é uma grande conquista.” Andreia se lembra com emoção dos momentos depois que acordou do coma.
“No dia que despertei, fiquei confusa e precisei tomar tranquilizantes. Lembrava só que estava resfriada e quando acordei já não tinha mais meu filho na barriga. Só fiquei mais calma depois que consegui encontrá-lo. Ele é a coisa mais linda. Não vejo a hora de irmos para casa”, deseja ela, que está agora passando por seções de fisioterapia para recuperar movimentos.