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Geral Mulher de político boliviano preso diz que teve momento íntimo filmado

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Opositor Luis Camacho, 43 anos, está preso desde 30 de dezembro. (Foto: Reprodução)

A mulher do governador boliviano preso Luis Camacho, Fátima Jordán, denunciou na segunda-feira o Poder Executivo por tê-los filmado com uma câmera escondida na “privacidade” do casal, no presídio em que estão detidos.

“Quero denunciar um grave abuso que o governo [do presidente esquerdista Luis Arce cometeu contra minha condição de mulher (…) [Sou] a pessoa que acompanha meu marido em sua cela e com essas câmeras escondidas o governo registrou minha privacidade como mulher e a nossa como casal”, disse Jordán em um comunicado à imprensa na cidade de Santa Cruz, 900 quilômetros a leste de La Paz.

Câmera escondida

Os advogados de Luis Camacho, 43 anos, preso desde 30 de dezembro, no presídio de Chonchocoro, na cordilheira dos Andes bolivianos, denunciaram na semana passada que o opositor encontrou uma pequena câmera escondida em uma das paredes. A Diretoria do Regime Penitenciário do governo imediatamente rejeitou a denúncia e prometeu uma investigação completa.

“Luis Fernando, meu marido e toda a minha família se sentem muito desamparados”, afirmou Jordán no comunicado.

Medidas legais

Casada com Camacho desde maio de 2022, Jordán indicou que tomarão medidas legais para responsabilizar “as autoridades que espionaram a privacidade de meu marido, minha família e minha, como pessoa e como mulher”.

Golpe de Estado

Camacho está em prisão preventiva há quatro meses. Ele é acusado de ser um dos promotores do chamado golpe de Estado contra o ex-presidente Evo Morales no final de 2019, após 14 anos no poder.

Rebelião popular

O governador da região mais rica da Bolívia e principal opositor do presidente Arce assegurou que em 2019 houve uma rebelião popular contra Morales, acusado de ter cometido fraude eleitoral naquele ano para estar no poder até 2025.

A região de Santa Cruz exige sua libertação e deu a Arce um prazo até o final de fevereiro para aprovar uma lei de anistia, e que, caso não seja concedida, promoverão a cassação de seu mandato. As informações são do jornal Extra.

 

 

 

 

 

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