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Mulher é presa no Japão, após esconder, por dez anos, o cadáver de sua mãe no congelador

(Foto: Reprodução)

Uma japonesa escondeu o corpo de sua falecida mãe por dez anos em um freezer porque, segundo ela, temia ser expulsa do apartamento se descobrissem que ela havia morrido noticiou a imprensa local.

A polícia disse que Yumi Yoshino, de 48 anos, foi detida sob suspeita de ter “escondido o corpo de uma mulher” encontrada em um freezer em um apartamento de Tóquio. A acusada explicou que escondeu o corpo há dez anos porque “não queria se mudar” do apartamento onde vivia com sua mãe, informou a imprensa local citando fontes anônimas da polícia.

O aluguel do apartamento em um prédio de Tóquio estava em nome da mãe, que tinha cerca de 60 anos quando morreu, informou Kyodo News. Yumi Yoshino foi forçada a deixar o apartamento em meados de janeiro devido a atrasos no pagamento do aluguel. Uma pessoa que foi limpá-lo fez a descoberta macabra.

A necrópsia realizada no cadáver não conseguiu determinar o momento nem a causa da morte, segundo a imprensa. Yumi foi presa num hotel na cidade de Chiba, próximo de Tóquio.

Coronavírus

O responsável pela distribuição de vacinas do Japão disse que o nacionalismo crescente com os suprimentos de vacinas contra o coronavírus pode levar a retaliações e transtornos nos suprimentos globais.

Taro Kono disse que se preocupou com um anúncio da União Europeia de que pode proibir exportações de vacinas produzidas no bloco até suprimentos suficientes terem sido fornecidos ao povo europeu.

“É compreensível colocarem seu povo em primeiro”, disse Kono durante uma conferência virtual sediada pelo Fórum Econômico Mundial. “Mas estamos vivendo no mesmo planeta, e agora a cadeia de suprimento é global.”

“É hora de os líderes dos Estados se encontrarem e terem uma conversa virtual” para tratar do assunto, acrescentou. Em relação à maioria das grandes economias, o Japão está atrasado para iniciar as inoculações contra a Covid-19 devido à sua dependência de fabricantes estrangeiros e da exigência de que as vacinas passem por testes domésticos. O governo planeja iniciar a campanha de vacinação no final de fevereiro usando doses importadas da fórmula da Pfizer.

A AstraZeneca solicitará uma aprovação japonesa para sua vacina contra Covid já em meados de fevereiro, noticiou o jornal Yomiuri, tornando-se a segunda fabricante de vacinas a fazê-lo no país depois da Pfizer.

A vacinação no Japão enfrenta obstáculos logísticos que podem adiar ainda mais a campanha ainda lenta, dizem especialistas e autoridades, complicando os planos de imunização de larga escala contra o o novo coronavírus (covid-19) a tempo para a Olimpíada.

O Japão, que já é o último grande país industrializado a iniciar a vacinação, provavelmente será prejudicado pela falta de contêineres e gelo seco e pela dificuldade de recrutar pessoal médico, disse à Reuters mais de uma dúzia de pessoas envolvidas na campanha de vacinação.

O primeiro-ministro, Yoshihide Suga, diz que as vacinas são cruciais para se realizar uma Olimpíada bem-sucedida depois do adiamento do ano passado. As primeiras vacinas para profissionais de saúde devem ser administradas no final de fevereiro, o que deixa somente 145 dias até o começo dos Jogos, no dia 23 de julho.

O Japão precisará entregar cerca de 870 mil injeções por dia para inocular metade de sua população até lá, e cada pessoa precisa de duas doses.

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