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Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2023
O Tribunal de Apelação do 9º distrito de São Francisco, nos Estados Unidos, rejeitou novamente um pedido de indenização solicitado pela norte-americana Kathryn Mayorga, que acusou Cristiano Ronaldo de estupro. O caso foi reaberto após o vazamento de conversas entre o jogador e sua defesa a respeito da acusação. O advogado da modelo americana alegou quebra do acordo de confidencialidade e pedia cerca de US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 120 milhões).
A modelo acusa o atacante português de tê-la estuprado em 2009, em Las Vegas, mas a ação arquivada foi aberta apenas em 2018, no Tribunal Federal de Nevada. Durante o processo, ela quis incluir o acordo de confidencialidade como prova do estupro, mas a juíza responsável rejeitou tal tentativa, o que os advogados consideram um erro da Justiça e usam como argumento para anular o arquivamento e reabrir a ação.
Mayorga tinha 25 anos quando conheceu Ronaldo em uma boate, em 2009, e foi com ele e outras pessoas para a suíte de um hotel. Em sua ação movida em 2018, ela alega que o astro português, na época com 24 anos, a agrediu sexualmente em um quarto.
Cristiano Ronaldo jamais admitiu ter cometido o estupro. “Eu nego veementemente as acusações feitas contra mim”, disse ele em outubro de 2018 . “O estupro é um crime abominável que vai contra tudo o que eu sou e acredito”, declarou.
O jogador afirmou que o sexo foi consensual. Os dois chegaram a um acordo de confidencialidade em 2010, e o advogado Leslie Mark Stovall reconheceu que Mayorga recebeu US$ 375 mil. Na época, o magistrado Daniel Albregts considerou, na decisão, que os advogados da Kathryn se basearam em documentos vazados e roubados, além de comunicações privadas entre Ronaldo e sua defesa.
Troca de acusações
Ao encerrar o caso, no ano passado, a juíza distrital dos EUA em Las Vegas, Jennifer Dorsey, aplicou uma multa de US$ 335 mil a Stovall por agir de “má-fé” ao abrir o processo em nome da cliente. O recurso do advogado em nome de Mayorga, apresentado em março, qualifica a decisão de Dorsey como “um manifesto abuso de discrição.”
Os advogados do jogador argumentaram, e a juíza concordou, que “o acordo de confidencialidade é produto de discussões privilegiadas entre advogado e cliente e que não há garantia de que sejam autênticos e não podem ser considerados prova”.