A empresária Michelle de Souza Pires, 30 anos, que morreu menos de 36 horas após passar por duas cirurgias plásticas, foi vítima de um tromboembolismo pulmonar, que é um problema causado por um coágulo que se forma nas veias e entope a artéria do pulmão, segundo consta na certidão de óbito. Os parentes acreditam que houve negligência médica no caso. O profissional nega.
De acordo com a ex-sogra da vítima, Maria Clara Pires, ela recebeu alta 17 horas após sair do centro cirúrgico, onde havia realizado uma abdominoplastia e uma lipoaspiração.
Como vive em Morrinhos (GO), Michelle foi até a capital para realizar os procedimentos e se hospedou na casa da ex-sogra, que mora em Goiânia (GO). Ela acredita que o médico responsável pelo procedimento foi negligente. “A mãe dela me passou que ela estava com anemia, que o médico sabia que ela estava com anemia, e mesmo assim fez a cirurgia”, afirmou Maria Clara.
De acordo com as testemunhas, Michele reclamou sentir falta de ar e fadiga. A ex-sogra procurou socorrê-la sem sucesso. A Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também tentou, por mais de 30 minutos, reanimá-la e não conseguiu.
Caso será apurado.
Em nota, o advogado que defende o cirurgião plástico, Carlos Marcio Rissi Macedo, destacou que o médico, inscrito no Cremego (Conselho Regional de Medicina de Goiás) e na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em Goiás, “lamenta o ocorrido, se solidariza com o sofrimento da família e se coloca à disposição das autoridades para os esclarecimentos”.
O texto ressalta, ainda, que “todos os exames estavam dentro da normalidade e que o ato cirúrgico transcorreu sem intercorrências, além de terem sido adotadas as medidas profiláticas recomendadas”.
O Cremego informou que vai apurar o caso”. A mulher deixa dois filhos, sendo um de 10 e outro e de 4 anos. (AG)