Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de fevereiro de 2018
Depois de passar por uma histerectomia parcial quando adolescente, a norte-americana Kayla Jones, 29, sabia que gerar seus próprios filhos seria impossível. Porém, enquanto parte de seu útero foi removido, seus ovários permaneciam intactos. Foi aí que ela teve a ideia de gerar um filho biológico com a ajuda de uma barriga de aluguel.
Ela e o marido, Cody, foram então atrás das opções possíveis e, depois de esgotar algumas, resolveram aceitar que a mãe de Cody, Patty Resecker, 50 anos, gerasse o bebê deles. Patty já havia se oferecido para o feito. “No começo eu pensei que os médicos nos achariam loucos, mas eu pesquisei e encontrei outras avós que foram barriga de aluguel.
Depois de vários testes, minha sogra foi liberada para carregar nosso bebê”, contou Kayla à “Love What Matters”.
Eles então iniciaram o procedimento de fertilização in vitro e, depois de algumas tentativas sem sucesso, finalmente descobriram que estavam grávidos! “Patty deixou uma amostra de urina na mesa antes de ir para o trabalho e eu e meu marido fizemos o teste. Não consigo descrever o sentimento de ver aquelas duas linhas cor-de-rosa”, disse.
Kayla e Cody fizeram uma surpresa para Patty para contá-la que estava grávida e filmaram tudo. “Meu menino, Kross Allen Jones, nasceu no dia 30 de dezembro de 2017. Concebê-lo via barriga de aluguel não foi fácil para nós e muito menos para Patty. Mas tê-lo aqui nos meus braços faz com que todo o esforço tenha valido a pena”, finalizou Kayla.
Mulher tem filho mesmo sem as trompas
A dona de casa Daisi Colpani, 42 anos, não sabia o que era gravidez ectópica até ter duas gestações fora do útero. Em 2010, ela engravidou e o bebê se desenvolveu na trompa direita. Em 2011, o problema se repetiu, só que na trompa esquerda. Nos dois casos, precisou retirar as estruturas, inviabilizando o desejo de ter o segundo filho.
Em depoimento, ela conta como, seis anos depois, tornou-se mãe de Anthony: “Vivi um milagre. Minha trompa esquerda ramificou e eu pude engravidar”.
“Descobri que estava grávida em junho de 2010. A notícia pegou eu e meu marido, Marcelo, de surpresa, pois não havíamos planejado. Nossa filha, Gabriela, estava com cinco anos. Após notar um atraso na menstruação, fiz os exames de farmácia e de sangue, que confirmaram que estava com quatro semanas de gestação. Passado um mês, estava saindo de casa para ir trabalhar quando tive um sangramento. Fui para o hospital, e um ultrassom mostrou que meu filho não estava no útero e que minha gravidez era ectópica.”
A médica que fez o exame falou: ‘Seu bebê está na trompa direita e não tem mais batimento cardíaco. Precisamos fazer uma cirurgia de urgência para retirá-lo’. Tomei um susto porque nem sabia o que era gravidez ectópica. Naquele mesmo dia, fui operada e eles retiraram a trompa direita. Fiquei três dias internada e depois fui para casa.
“Cinco meses depois, em janeiro de 2011, descobri que estava grávida de quatro semanas. Até que comecei a passar mal, com sangramento e tontura. No pronto-socorro, fui submetida a um exame. Não consegui acreditar no resultado: meu bebê estava na trompa esquerda, e ela havia estourado. Entrei em pânico, achei que fosse morrer. Tomei anestesia geral e eles retiraram a estrutura. A dor pior não era a física, mas a emocional, eu não parava de chorar”, conta.
O médico explicou a Daisi que ela estava praticamente laqueada e que não poderia mais ter filhos do modo natural, por não ter nenhuma trompa.
“Passaram-se seis anos e, em 2017, descobri que a retirada da trompa direita havia causado uma hérnia incisional. Operei essa hérnia e dias depois tive enjoos, vômitos e dor de estômago. Embora achasse impossível, fiz o exame de gravidez e deu positivo. No dia do parto, soubemos que, em um caso raro, minha trompa esquerda ramificou e, por isso, consegui engravidar”, recorda.