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Notícias Mulheres acima dos 50 anos estão bebendo mais do que o normal

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Participantes da pesquisa com idades entre 50 e 69 anos acreditam que não há problema com a prática. (Foto: Reprodução)

Uma nova pesquisa da Universidade Edith Cowan (ECU), na Austrália, descobriu que mulheres mais velhas estão bebendo mais do que o recomendável, o que pode aumentar o risco de morte prematura.

De acordo com autoridades de saúde do país, o limite de consumo alcoólico sem comprometer a saúde é de dois drinques diários e de quatro drinques em uma ocasião especial. As mulheres consultadas na pesquisa, no entanto, consomem quantidades maiores do que o recomendado e acreditam que a sensação de controle da situação e de comportar-se de forma adequada são os verdadeiros termômetros para o quanto devem beber.

A pesquisa, feita em parceria com a Universidade de Aalborg, na Dinamarca, investigou como mulheres de idades entre 50 e 69 anos nos dois países. As informações são do portal ScienceDaily.

Questão cultural

De acordo com Julie Dare, médica responsável pelo estudo, as australianas mais jovens estão começando a diminuir o consumo de bebidas, enquanto as com 60 anos seguem o caminho inverso. “Tendências semelhantes são evidentes na Dinamarca e no Reino Unido”, disse a especialista.

Apesar das semelhanças entre as mulheres australianas e dinamarquesas, há uma diferença cultural relevante. “Se as australianas tinham algum tipo de angústia em suas vidas, elas acreditavam que era aceitável beber”, comentou a médica. Já no caso das dinamarquesas, o álcool não era usado como um escape para tristeza ou stress.

Efeitos

O álcool inicialmente tem um efeito estimulante para o cérebro, dá aquela desinibição. Mas o efeito mais tarde pode ser o de depressão”, alerta Vânia Assaly, endocrinologista e nutróloga e uma das maiores especialistas em medicina preventiva do Brasil. Segundo ela, mulheres perto da menopausa precisam de cuidado redobrado, pois os neurotransmissores sofrem modificações nessa fase, e os efeitos do álcool podem ser ainda mais nocivos, podendo gerar quadros depressivos.

Existem inúmeros estudos atribuindo o consumo de álcool ao aumento de risco para vários tipos de câncer, inclusive o câncer de mama”, alerta a médica. Não existe nível seguro de consumo nesse caso. Ou seja, quanto mais se bebe, mais danos causamos ao nosso DNA e impactamos as células que podem causar a doença. Pior ainda se junto com a bebida vier aquele cigarrinho.

Ah, mas e aquele papo de que uma taça de vinho por dia faz bem para a saúde? Temos duas questões aí: a primeira é que tem gente que vai muito além de “uma tacinha”. A segunda é que, segundo Vânia, essa ideia já vem sendo contestada por muitos médicos e cientistas. Apesar de as evidências mostrarem que a ingestão moderada pode fazer bem ao coração, os estudos não são conclusivos se isso se dá pela ingestão do álcool propriamente dito ou como resultado de um estilo de vida saudável como um todo. “Os benefícios podem estar vindo na verdade do estilo de vida que inclui dieta mediterrânea, atividade física e corpo magro que muitas vezes estão associadas a esse costume diário de consumir pequenas doses de vinho em algumas regiões estudadas” diz Vânia.

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https://www.osul.com.br/mulheres-acima-dos-50-anos-estao-bebendo-mais-do-que-o-normal/ Mulheres acima dos 50 anos estão bebendo mais do que o normal 2020-02-22
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