Domingo, 17 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de março de 2024
As mulheres só precisam fazer exercícios durante 140 minutos por semana para reduzir o risco de mortalidade em 18%.
Foto: ReproduçãoÉ fato bem estabelecido que os exercícios físicos podem ajudar você a viver uma vida mais longa e saudável. Agora, um novo estudo sugere que as mulheres talvez precisem de menos exercícios para obter benefícios de longevidade semelhantes aos dos homens.
A descoberta é surpreendente porque as diretrizes de atividade física para adultos americanos são as mesmas para homens e mulheres. Mas, em parte devido às diferenças de tamanho, massa muscular e massa corporal magra, parece que as mulheres podem obter grandes ganhos em longevidade fazendo cerca de metade dos exercícios que os homens precisam fazer para ter o mesmo benefício.
Os fatos
Para os homens, o máximo “benefício de sobrevivência” vem com 300 minutos de exercício moderado a vigoroso por semana. Com essa carga de exercícios, os homens tiveram um risco geral de morte 18% menor do que os homens sedentários.
As mulheres só precisam fazer exercícios durante 140 minutos por semana para reduzir o risco de mortalidade em 18%. Quando as mulheres se exercitaram 300 minutos por semana, elas reduziram o risco em 24%.
Os homens obtiveram os maiores benefícios fazendo três sessões de atividade de fortalecimento muscular por semana. As mulheres tiveram benefícios equivalentes com uma única sessão por semana.
Nos Estados Unidos, apenas cerca de um quarto dos adultos cumprem as diretrizes de atividade física recomendadas: pelo menos 150 a 300 minutos de exercício aeróbico de intensidade moderada e dois treinos de fortalecimento muscular por semana. Os homens são mais propensos do que as mulheres a cumprir as recomendações em todas as faixas etárias.
“Fazer atividade física é importante e parece influenciar a saúde geral”, diz Martha Gulati, diretora de cardiologia preventiva do Instituto Smidt Heart do Centro Médico Cedars-Sinai e coautora do estudo, que foi publicado no Journal of the American College of Cardiology. “Mas pequenas quantidades de exercício já podem trazer benefícios e, na verdade, para as mulheres, quantidades menores podem trazer ainda mais benefícios do que para os homens”.
Histórico
Para fazer o novo estudo, os pesquisadores analisaram mais de 400 mil adultos norte-americanos que responderam a questionários sobre atividades físicas de 1997 a 2017. Os cientistas em seguida compararam esses dados com registos de óbitos.
Durante o período de acompanhamento ocorreram quase 40 mil mortes por todas as causas, entre elas aproximadamente 12 mil mortes por problemas cardiovasculares. Mas, ao observar as diferenças entre homens e mulheres, ficou claro que as mulheres obtiveram maiores benefícios de longevidade com os exercícios físicos.