“Não existem ‘redes sociais do governo’ emitindo fake news”
Deputado Vitor Hugo, líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados
As mulheres conquistam espaço na política, apesar das dificuldades, mas em ritmo muito lento. Mas, ao contrário da maioria dos países democráticos, deputados e senadores brasileiros nunca elegeram mulheres para presidir a Câmara ou o Senado. Mulheres já presidiram todos os tribunais superiores (STF, STJ, TSE, STM e agora o Tribunal Superior do Trabalho, com a ministra Maria Cristina Peduzzi), mas no Legislativo, nada. Fez uma concessão na presidência da República.
Eram 10% desde 2015
Mulheres são 76 dos 513 deputados federais. É a maior proporção da História brasileira na Câmara, mas são apenas 15% do total.
Tentativas frustradas
Em 2012, a deputada Rose de Freitas (ES) disputou a presidência da Câmara e Luiza Erundina (SP) fez a tentativa em 2017. Em vão.
Uma pequena parte
No Senado são 12 parlamentares, número menor que as 13 da legislatura anterior. Elas equivalem apenas a 14,8% dos senadores.
Poucas candidatas
A bancada feminina diminuiu no Senado e não era para menos: elas eram apenas 62 das 353 candidaturas às vagas de senador.
Afastados do PSL esperavam apoio do presidente
O presidente Jair Bolsonaro pode enfrentar um novo problema com aliados, desta vez os 12 deputados federais cujos mandatos foram suspensos por um ano pela Câmara, a pedido do presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar (PE). Os doze parlamentares, suspensos por se manterem fiéis a Bolsonaro, reclamam que não receberam dele nem mesmo uma palavra de defesa ou solidariedade.
PSL encolheu
A bancada caiu de 53 para 41 deputados. Os afastados não podem exercer funções (de líder, por exemplo), nem falar em nome do partido.
Quem foi punido…
Estão suspensos Aline Sleutjes, Bibo Nunes, Carlos Jordy, Caroline de Toni, Daniel Silveira, General Girão, Filipe Barros.
…fica 1 ano fora
Também Hélio Lopes, Márcio Labre, Sanderson e Vitor Hugo e Cabo Junio foram suspensos de suas atividade partidárias na Câmara.
Militância obstinada
É maior do que supõe o Planalto o estrago causado pelo general e ex-ministro Santos Cruz (Governo). Demitido após trombar com Eduardo Bolsonaro, ele circula de forma obstinada falando mal do presidente.
Militância esvaziada
O criminalista Kakay, tão admirado, frustrou estudantes numa aula de no Uniceub, em Brasília. Insultou os eleitores de Jair Bolsonaro de “57 milhões de fascistas” e chamou de “ministrinho” a Sergio Moro, que no mesmo local, meses antes, atraiu o triplo da audiência estudantil.
Bobo só o contribuinte
Uma de “comissão de superendividamento do consumidor” da Câmara vota quarta (11) o relatório de Franco Cartafina (PP-MG) dando ordens para “prevenir e solucionar” dívidas. Quanto aos precatórios, zero.
O amor está no ar
Não é caso isolado o romance de Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, petistas enrolados em investigações de corrupção. Na Câmara e no Senado, a turma está se pegando para valer. Por quê? “Muito tempo sem fazer nada, conversa vai, conversa vem…”, teoriza um senador.
Dança das cadeiras
Até o dia 3 de abril está liberada a troca de partido sem risco de perda de mandato para políticos que disputam vaga de vereador. Como quem se elege não precisa assumir, é a chance de debandada na Câmara.
Só para homens
Apenas no ano passado foi a primeira vez que uma mulher ocupou o cargo de chefia da primeira-secretaria da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, com a deputada Soraya Santos (PL-RJ).
Bolsa Família e BPC
A Câmara votará nos próximos dias o 13º permanente para beneficiários do Bolsa Família. Com os acréscimos criativos do relator Randolfe Rodrigues, a conta anual subirá para R$ 7,3 bilhões.
Freio nos caminhões
Montadoras de caminhões produziram 9,1 mil unidades em fevereiro no país, uma alta de 27,3% em relação a janeiro. Em relação a fevereiro de 2019 foi 5,3% menor. Caiu 0,9% no acumulado do ano.
Pensando bem…
…após uma “semana parlamentar” (de três dias) inteira de votações, deputados e senadores devem estar exaustos.
PODER SEM PUDOR
A gravata e o cabeleireiro
Certo dia, no Senado, Esperidião Amin (SC) e Cid Sabóia (CE) discutiam a cor da gravata do cearense do PMDB. O careca catarinense ironizou, sugerindo que o colega exportasse a gravata para a Espanha: suas cores fortes substituiriam com sucesso a capa vermelha usada pelos toureiros. Sabóia matou a pau: “Gostaria que você me informasse o endereço do seu cabeleireiro. Um dia eu posso precisar…”