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Mundo Mulheres ucranianas arriscam a vida para visitar companheiros em batalha e manter o relacionamento

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Casais se reúnem em Kharkiv, na Ucrânia, transformada em refúgio para encontros em meio ao conflito. (Foto: Reprodução/NYT)

Enquanto a guerra se arrasta e as forças russas avançam constantemente na Ucrânia, os soldados lutam com pouca esperança de uma desmobilização que permita o retorno em breve para seus cônjuges. Muitas mulheres, determinadas a manter seus relacionamentos e suas famílias fortalecidas, fazem viagens arriscadas para áreas próximas à linha de frente, muitas vezes levando crianças junto.

Quando Damina Serbin e Roman Mironenko se conheceram no ano passado em Kiev, após um breve namoro online, sonhavam em construir uma vida juntos. No entanto, com ele lutando contra as forças russas, isso ainda não foi possível. Damina vive sozinha e precisa viajar por horas a cada duas semanas para ver seu marido, que é vice-comandante de um batalhão de drones perto de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.

“Eu estava com medo,” disse Katerina Kapustina, 32, jornalista, que levou Iaroslav, seu filho de 9 anos, para passar as férias em uma vila na linha de frente onde seu marido, Ihor Kapustin, 34, está baseado. Na vida civil, ele era mecânico; na guerra, Ihor muitas vezes tem que rebocar veículos quebrados de posições perigosas enfrentando as forças russas.

“Meu filho e Ihor são tudo o que tenho,” disse Katerina. Antes de começar a fazer viagens regulares para a linha de frente, ela disse que eles estavam se acostumando a viver um sem o outro.

Algumas mulheres levam comida para seus companheiros. Antes de viajar recentemente para ver seu marido, um soldado baseado nos arredores de Vovchansk, a nordeste de Kharkiv, Ievhenia Dukhopelnikova, 47, passou o dia inteiro cozinhando.

Ela fez pelo menos seis pratos diferentes para sua viagem, incluindo patê de cogumelos, porco assado, pato assado e um molho de pimenta quente que toda a divisão de seu marido agora adora. Ela também prepara carne seca e assa croissants.

Alina Otzemko, uma psicóloga clínica, disse que visitou seu marido, Vasil Otzemko, nove vezes em um ano e meio. Ela sempre levava seu filho junto. Em junho, Otzemko foi morto em ação. Mas, por causa de suas viagens, o filho de 4 anos do casal pelo menos lembra-se do pai, disse ela.

“Agora entendo que fiz tudo certo”, disse ela. “É bom que eu não tenha ouvido ninguém que tentou me dissuadir. Era a única maneira de manter a memória do meu filho sobre seu pai”, disse ela.

Antes de seu marido ser morto, Alina publicou um livro para crianças e seus pais para ajudar a explicar “por que o papai não está em casa.” Agora, ela escreveu um novo que disse ter ajudado a lidar com sua perda: “Por que o papai morreu.” (Estadão Conteúdo)

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