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“Mundo é máquina de moer mulher”, diz Luana Piovani ao relembrar denúncia de agressão

“A maior dor que eu passei não foi ter sido agredida, foi o que a sociedade fez comigo depois." (Foto: Reprodução)

Durante uma participação no programa “Sem Censura”, na TV Brasil, Luana Piovani relembrou como foi tratada ao denunciar caso de agressão doméstica em 2008, contra o então namorado Dado Dolabella.

“A maior dor que eu passei não foi ter sido agredida, foi o que a sociedade fez comigo depois. Eu estava em uma época que não era um movimento comum. As pessoas adoram dar personagens para a gente e quando não aceitamos esses personagens, eles ficam com raiva da gente. Eu nunca aceitei a roupinha que a sociedade brasileiro quis me vestir”, começou.

“Quando eu fui lá e denunciei a violência, as pessoas me espezinharam, a sociedade me espezinhou. E eu não falo só a pessoas da rua, a empresa na qual eu trabalhava me tratou mal. Eu não tive suporte de absolutamente ninguém”, continuou.

“As pessoas diziam que eu tinha feito aquilo para aparecer, para chamar atenção. Milhões de mulheres que brincavam e falavam: ‘Vem bater em mim’, porque o cara é considerado bonito. O que atrapalha a nossa luta são as mulheres machistas. Enquanto as mulheres forem machistas, elas dão forças aos homens que são machistas. (…) O mundo é uma máquina de moer mulher”, completou.

O ator Dado Dolabella, que foi denunciado pela atriz, foi condenado pela Lei Maria da Penha apenas em 2014. Ele cumpriu a pena de dois anos e nove meses em regime aberto por danos morais.

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